Epidemia de HIV/AIDS entre a população idosa do Brasil de 2008 a 2018: uma análise epidemiológica
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2022.v48.37626Palabras clave:
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, HIV, Idoso, Epidemiologia, Atenção Integral à SaúdeResumen
Introdução: A queda da taxa de fecundidade, a modernização da prática médica e consequente aumento da sobrevida são fatores que culminaram no processo de envelhecimento populacional, vivido hoje no Brasil. Esse aumento da população de pessoas idosas associado a mudanças no comportamento sexual destes indivíduos, a resistência ao uso de preservativos e a grande disponibilidade de medicamentos para disfunção erétil têm contribuído para a construção de um novo perfil epidemiológico da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (Human Immunodeficiency Virus – HIV) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunideficiency Syndrome – AIDS) na terceira idade. Objetivo: Descrever os dados epidemiológicos referentes aos casos diagnosticados de HIV/AIDS, no Brasil, em indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. Material e Métodos: Executou-se uma coleta de dados no endereço eletrônico do DATASUS, referentes ao período de 2008 a 2018. Resultados: Neste período foram diagnosticados 21.701 novos casos de HIV/AIDS em pessoas com idade ≥60 anos, o que representa 4,9% do total de casos notificados em território nacional. Segundo a proporção de casos de acordo com o sexo, os homens são os mais acometidos, a categoria de exposição hierarquizada mais frequente foi de heterossexuais e a região com maior número de casos foi a Sudeste. Além disso, de acordo com a escolaridade, o HIV/AIDS se mostrou mais prevalente naqueles que apresentavam menos tempo de estudo. Conclusão: Conclui-se que, devido ao aumento da demanda de idosos portadores da patologia, faz-se necessária a elaboração e implementação de campanhas de prevenção e promoção de saúde especificamente voltadas para esse público.
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