Estudo das tendências de prescrição de antimicrobianos para pacientes idosos hospitalizados sob a perspectiva do uso racional de medicamentos
Palabras clave:
Prescrição de Medicamentos. Idoso. HospitalizaçãoResumen
Estudos de utilização de medicamentos incorporam aspectos relevantes na saúde pública, despertando questionamentos sobre o risco sanitário que, consequentemente, funcionarão como ferramentas de transformações positivas da realidade. Gastos com complicações causadas pelo mau uso de medicamentos em hospitais representam 15 a 20% de seus orçamentos. Este estudo se propos a investigar as prescrições de antimicrobianos em três Hospitais Sentinela, a partir de 210 prontuários de pacientes idosos (60 anos ou mais) hospitalizados e submetidos à antibioticoterapia, quanto ao padrão de prescrição e indicações presentes. O delineamento da pesquisa foi observacional e transversal. Os prontuários foram consultados após a alta ou óbito dos pacientes. Verificou-se o predomínio das infecções respiratórias (67 prontuários) e estes casos passaram a ser a população de estudo. Foram identificadas as tendências de prescrição de antimicrobianos nos hospitais. Predominou o sexo masculino e faixa etária de 80 anos ou mais. Os grupos dos beta-lactâmicos e das quinolonas foram os mais prescritos. Os medicamentos foram classificados como pertencentes ou não à Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, como critério de uso racional. O uso empírico correspondeu a 93% das prescrições. Foram estabelecidas as distribuições dos pacientes por número de princípios ativos prescritos, via de administração, dose diária utilizada e tempo de tratamento. Houve associação de até oito princípios ativos, porém o regime de monoterapia foi utilizado em 39% dos pacientes. A via mais utilizada foi a endovenosa (78%). O estudo demonstrou a necessidade de intervenções que assegurem a integração das ações de controle de infecção hospitalar com os serviços de farmácia.
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