Fatores associados à cárie em primeiros molares permanentes de crianças na dentição mista
Palabras clave:
Dentição Permanente, Fatores Sociodemográficos, Cárie Dentária, Higiene BucalResumen
Introdução: A cárie dentária é uma doença multifatorial e de alta prevalência, considerada um relevante problema de saúde pública, especialmente em populações vulneráveis. O primeiro molar permanente é o dente mais afetado, sendo comum sua perda precoce. Objetivo: Avaliar a prevalência de crianças com lesões de cárie cavitadas em primeiro molar permanente e estabelecer os fatores clínicos, sociodemográficos e comportamentais associados. Material e Métodos: Trata-se de estudo transversal retrospectivo, baseado na análise de prontuários de crianças de 5 a 12 anos de idade atendidas nas clínicas de Odontologia Infantil da UFJF,Campus Governador Valadares. A amostragem foi de conveniência, incluindo apenas prontuários de crianças com dentição mista e sem alterações sistêmicas. Foram coletadas informações sociodemográficas, hábitos de saúde bucal, alimentação e exame clínico. A variável dependente foi a presença de lesão de cárie cavitada em primeiros molares permanentes. Os dados foram organizados no SPSS 24.0 e submetidos à estatística descritiva, testes qui-quadrado, exato de Fisher (p<0,05) e regressão de Poisson ajustada e não ajustada. Resultados: Observou-se que 77 crianças (28%) tinham pelo menos um primeiro molar permanente com lesão de cárie cavitada. A análise ajustada indicou maior prevalência da doença em crianças de 8 a 10 anos (RP: 2,080; p=0,014) e 11 a 12 anos (RP: 2,394; p=0,006). Outros fatores associados foram: baixa escolaridade do responsável (<9 anos de estudo; RP: 2,110; p=0,041), uso prolongado de mamadeira por mais de 24 meses (RP: 6,301; p=0,002) e presença de lesões de cárie cavitadas não tratadas em dentes decíduos (RP: 2,208; p=0,010). Conclusão: A prevalência de crianças com lesões de cárie cavitada em primeiro molar permanente foi considerada alta e maior em crianças mais velhas, cujos responsáveis tinham menor grau de escolaridade, que usaram mamadeira por mais de 2 anos e que apresentavam lesões de cárie não tratadas em dentes decíduos.
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