Impacto das disfunções temporomandibulares na qualidade de vida de usuários de uma clínica odontológica universitária

Autores

  • Natalia Hermeto Mendes Braga Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais https://orcid.org/0000-0003-1817-954X
  • Paulo Isaías Seraidarian Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Vinícius de Magalhães Barros Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais https://orcid.org/0000-0002-2633-010X
  • Marina Araújo Leite Assis Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Elyonara Mello de Figueiredo Departamento de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais
  • Rodrigo Villamarim Soares Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais https://orcid.org/0000-0001-7698-7532

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2024.v50.44502

Palavras-chave:

Articulação Temporomandibular, Transtornos da Articulação Temporomandibular, Inquéritos e Questionários, Qualidade de Vida

Resumo

Introdução: O fato de a longevidade do ser humano ter aumentado fez também crescer o interesse pelo entendimento da qualidade de vida da população, bem como a necessidade da adoção de instrumentos para avaliá-la. Dentre eles, o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) avalia a qualidade de vida por meio dos domínios físico, psicológico, social e ambiental. As disfunções temporomandibulares (DTMs) são aquelas que envolvem a articulação temporomandibular (ATM), músculos e estruturas associadas, apresentando sinais e sintomas como dores na face e articulação temporomandibular, tensões musculares, dores e limitação da abertura da boca, dentre outros.  Objetivo: Avaliar o impacto das disfunções temporomandibulares nos aspectos físico, social, ambiental, funcional e psicológico na qualidade de vida dos pacientes e seus acompanhantes, atendidos em um centro odontológico. Material e Métodos: Indivíduos (pacientes ou acompanhantes) frequentando uma clínica odontológica de um departamento de odontologia universitário foram avaliados por meio dos seguintes instrumentos: Research Diagnostic Critéria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), eixos I e II, o Temporomandibular Index (TMI) e o WHOQOL-bref. Foram avaliados 81 indivíduos (62 sem DTM; 19 com DTM), sendo 50 do sexo feminino e 31 do sexo masculino. Resultados: A análise das variáveis sociodemográficas não demonstrou diferenças significativas entre os grupos. Estas foram encontradas entre indivíduos com (grupo disfunção temporomandibular) e sem DTM (grupo controle) em relação ao domínio psicológico, e, com exceção do domínio meio ambiente, todos os demais domínios exibiram correlações negativas com variáveis psicossociais detectadas no eixo II do RDC/TMD, como: dor crônica; sintomas físicos não específicos com e sem dor; depressão; e com o TMI. Conclusão: As disfunções temporomandibulares interferem negativamente na qualidade de vida dos pacientes avaliados neste estudo, e, quanto maior for o comprometimento psicológico e mais severas forem as DTMs, mais afetados serão os domínios de qualidade de vida.

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Publicado

2024-11-11

Como Citar

1.
Braga NHM, Seraidarian PI, Barros V de M, Assis MAL, Figueiredo EM de, Soares RV. Impacto das disfunções temporomandibulares na qualidade de vida de usuários de uma clínica odontológica universitária. HU Rev [Internet]. 11º de novembro de 2024 [citado 20º de dezembro de 2024];50:1-8. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/44502

Edição

Seção

Artigos Originais