Perfil e evolução clínica de pacientes com urticária crônica

Resumo

Apesar dos avanços terapêuticos, a urticária constitui uma das dermatoses mais freqüentes. Objetivo: avaliar o perfil e a evolução clínica dos pacientes com urticária crônica (UC) atendidos em consultório de especialidade. Casuística e Métodos: Estudo observacional, seccional, dos pacientes atendidos em ambulatório de especialidade, no período de 1993 a 2005. Pacientes com quadro de urticária aguda e física foram excluídos. As variáveis analisadas foram idade, sexo, etiologia, bem como evolução clínica e tratamento. Resultados. A média da idade foi 36,8 anos, com desvio-padrão de 18,4 anos, com 207 (83,1%) pacientes tendo mais de 18 anos. 186 (74,7%) pacientes são do sexo feminino e 63 (25,3%), do sexo masculino. Na evolução clínica, verificou-se que 67,1% (167) dos pacientes continuaram o acompanhamento, com uma mediana de duas consultas subseqüentes. Nestes, a melhora clínica completa foi observada em 84 (50,3%) pacientes; a interrupção do tratamento com referência de melhora parcial, em 79 (47,3%) e a interrupção do tratamento com referência de nenhuma melhora clínica, em quatro (2,4%). Quanto à etiologia, em 170 (68,3%) pacientes não se conseguiu estabelecer uma causa específica. Entre os 79 (31,7%) pacientes que apresentaram uma causa para a UC, 32 (40,5%) tinham alguma alteração laboratorial ligada à tireóide. Conclusão: Observamos que o perfil epidemiológico dos pacientes segue o demonstrado na literatura, com predomínio em adultos e no sexo feminino, sendo elevado o número de pacientes que não dão continuidade ao acompanhamento ou com interrupção com melhora parcial.