Espondilite tuberculosa em paciente com doença de Crohn em uso de terapia imunossupressora: relato de caso

Autores

  • Guilherme Gouveia Hollunder Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0002-4948-2472
  • Marcus Vinicius De Oliveira Ferreira Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0003-4111-1519
  • Caio Gomes Tabet Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0002-4494-2927
  • Valdeci Manoel de Oliveira Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0001-7691-2127
  • Jair Moreira Dias Junior Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0003-4848-1555

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2021.v47.34257

Palavras-chave:

Tuberculose, Doença de Crohn, Tuberculose da coluna vertebral, Fusão vertebral

Resumo

Introdução: A infecção pelo Mycobacterium tuberculosis (Mt) é uma das dez principais causas de mortalidade no mundo. Apenas 0,5% dos casos de tuberculose (TB) se localizam na coluna, podendo ocorrer disfunções neurológicas, instabilidade mecânica e deformidades. O uso de drogas imunossupressoras para tratamento das doenças inflamatórias, como a doença de Crohn (DC), pode tornar o paciente suscetível a esta infecção oportunista. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com espondilite tuberculosa na vigência do tratamento de DC com terapia imunossupressora. Descrevemos seu tratamento clínico-cirúrgico, sua evolução e comparamos com a literatura vigente. Relato de Caso: Mulher, 51 anos, com diagnóstico de DC em uso contínuo de azatioprina iniciou quadro de dorsalgia, dificuldade de deambulação e perda ponderal sem repercussões neurológicas. Ressonância magnética (RM) e Tomografia Computadorizada (TC) de coluna dorsal apresentaram padrões sugestivos de espondilite tuberculosa. Em decorrência da evolução sem alívio da dor e com instabilidade vertebral iminente sob risco de fratura e lesão neurológica, foi indicada cirurgia para estabilização vertebral, descompressão de elementos neurais e coleta de material para estudo histopatológico. O resultado comprovou a presença de Mt na amostra. Paciente manteve internação por 28 dias com tratamento antibiótico, apresentando boa evolução, com melhora progressiva do quadro álgico e da deambulação. Durante toda a internação seu quadro de DC se manteve controlado. Conclusão: É importante considerar a espondilite tuberculosa como diagnóstico diferencial em pacientes com dorsalgia e sinais de alarme, especialmente, em vigência de tratamento imunossupressor, mesmo com PPD negativo.

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Publicado

2021-08-24

Como Citar

1.
Gouveia Hollunder G, De Oliveira Ferreira MV, Gomes Tabet C, Manoel de Oliveira V, Moreira Dias Junior J. Espondilite tuberculosa em paciente com doença de Crohn em uso de terapia imunossupressora: relato de caso. HU Rev [Internet]. 24º de agosto de 2021 [citado 22º de dezembro de 2024];47:1-5. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/34257

Edição

Seção

Relato de Caso

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