Atuação do enfermeiro no cuidado humanizado em unidades de terapia intensiva no Brasil: uma revisão integrativa da literatura

Autores

  • Ana Paula Regis Sena Gomes Divisão de Enfermagem, Hospital Dom Antônio Monteiro, Senhor do Bonfim, Bahia, Brasil. Curso de Enfermagem, Faculdade AGES, Senhor do Bonfim, Bahia, Brasil.
  • Vanessa Costa Souza Secretaria Municipal de Saúde, Atenção Básica, Senhor do Bonfim, Bahia, Brasil
  • Mariana de Oliveira Araujo Departamento de Saúde, Colegiado de Enfermagem, Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2020.v46.28791

Palavras-chave:

Humanização, Enfermagem, Unidade de Terapia Intensiva

Resumo

Introdução: A humanização é compreendida como o protagonismo e autonomia dos sujeitos envolvidos na produção de saúde – usuários, trabalhadores e gestores, com sua valorização e estabelecimento de vínculos solidários por meio de participação coletiva. Objetivo: O objetivo deste estudo foi caracterizar a atuação do enfermeiro na humanização em unidades de terapia intensiva e identificar os desafios e dificuldades encontradas para a sua implementação. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, com levantamento online ocorrido no mês de outubro de 2018 no portal da Biblioteca Virtual em Saúde, nas Bases de Dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Banco de Dados em Enfermagem, usando os descritores: Humanização AND Enfermagem AND Unidade de Terapia Intensiva. Foram selecionados 12 artigos, sendo realizada análise descritiva com criação das categorias: Atuação do enfermeiro na humanização em Unidades de Terapia Intensiva e Desafios e dificuldades encontrados por enfermeiros ao implementar a humanização em Unidades de Terapia Intensiva. Resultados: Os artigos analisados apontam que os enfermeiros exercem um papel primordial no cuidado humanizado, os quais devem assistir ao paciente de modo holístico, integral e com empatia, considerando seus familiares no processo de cuidar, tendo a comunicação como um dos instrumentos. Na vertente dos desafios e dificuldades cita-se a quantidade de aparato tecnológico, a despersonalização do enfermeiro, sua sobrecarga de trabalho, baixa remuneração e falta de autonomia. Conclusão: Diante disso, percebe-se que a utilização de estratégias por parte dos enfermeiros para efetivação da humanização, apesar de todos os entraves existentes, é fundamental para que o paciente tenha um cuidado integral, considerando inclusive o papel do familiar em seu processo de recuperação.

Downloads

Referências

Cândida C. Cuidado humanizado na unidade de terapia intensiva uma revisão de literatura. Rev Saúde Desenvolv. 2013; 4(2):184-97.

Machado ER, Soares NV. Humanização em UTI: sentidos e significados sob a ótica da equipe de saúde. Rev Enferm Cent.-Oeste Min. 2016; 6(3):2342-8.

Vieira CA, Maia LFS. Assistência de enfermagem humanizada ao paciente em UTI. Revista Cient Enferm. 2013; 3(9):17-22.

Cotta RMM et al. Debates atuais em humanização e saúde: quem somos nós? Ciên Saúde Colet. 2013; 18(1):171-9.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

Medeiros AC et al. Integralidade e humanização na gestão do cuidado de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva. Rev Esc Enferm USP. 2016; 50 (5):816-22.

Balbino FS, Balieiro MM, Mandetta MA. Measurement of Family-centered care perception and parental stress in a neonatal unit. Rev Latino-Am Enfermagem. 2016; 24(1):e2753.

Ercole FF, Melo LS, Alcoforado CLGC. Revisão integrativa versus revisão sistemática. REME Rev Min Enferm. 2014; 18(1):9-11.

Botelho LLR, Cunha CCDA, Macedo M. O método da Revisão Integrativa nos estudos organizacionais. Gestão Soc. 2011; 5(11):121-36.

Noda LM et al. A humanização em unidade de terapia intensiva neonatal sob a ótica dos pais. REME Rev Min Enferm. 2018; 22(e-1078):1-6.

Santos EL et al. Assistência humanizada: percepção do enfermeiro intensivista. Rev Baiana Enferm. 2018; 32(e-23680):1-8.

Oliveira NES et al. Humanização na teoria e na prática: a construção do agir de uma equipe de enfermeiros. Rev Eletrônica Enferm. 2013; 15(2):334-43.

Evangelista VC et al. Equipe multiprofissional de terapia intensiva: humanização e fragmentação do processo de trabalho. Rev Bras Enferm. 2016; 69(6):1099-107.

Ribeiro KRA et al. Dificuldades encontradas pela enfermagem para implementar a humanização na unidade de terapia intensiva. Rev Enferm UFPI. 2016; 6(2):51-6.

Almeida Q, Fófano GA. Tecnologias leves aplicadas ao cuidado de enfermagem na unidade de terapia intensiva: uma revisão de literatura. HU Rev. 2016; 42(3):191-6.

Amaral LFP, Calegari T. Humanização da assistência de enfermagem à família na unidade de terapia intensiva pediátrica. Cogitare Enferm. 2016; 21(3):1-9.

Reis LS et al. Percepção da equipe de enfermagem sobre humanização em unidade de tratamento intensivo neonatal e pediátrica. Rev Gaúcha Enferm. 2013; 34(2):118-24.

Roseiro CP, Paula KMP. Concepções de humanização de profissionais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Estud Psicol. 2015; 32(1):109-19.

Silva RC, Ferreira MA. Clínica do cuidado de enfermagem na terapia intensiva: aliança entre técnica, tecnologia e humanização. Rev Esc Enferm USP. 2013; 47(6):1325-32.

Rodrigues AC, Calegari T. Humanização da assistência na unidade de terapia intensiva. pediátrica: perspectiva da equipe de enfermagem. REME Rev Min Enferm. 2016; 20(e-933):1-7.

Martins JT et al. Humanização no processo de trabalho na percepção de enfermeiros de unidade de terapia intensiva. Cogitare Enferm. 2015; 20(3):589-95.

Campos CACA et al. Desafios da comunicação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal para profissionais e usuários. Saúde Debate. 2017; 41(2):165-74.

Reis LCC, Gabarra LM, Moré CLOO. As repercussões do processo de internação em UTI adulto na perspectiva de familiares. Temas em Psicologia. 2016; 24(3):815-28.

Beheshtipoor N, Shaker Z, Edraki M, Razavi M, Zare N. The effect of family-based empowerment program on the weight and length of hospital stay of preterm infants in the neonatal intensive care unit. Galen Med J [Internet]. 2013; 2(3):114-9. [cited 2020 Jan 05] Avaliable from: http://www.gmj.ir/index.php/gmj/article/view/66/html_5. Acesso em: 05 jan 2020.

Novaretti MCZ, Santos EV, Quitério LM, Daud-Gallotti RM. Sobrecarga de trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI. Revista Brasileira de Enfermagem. 2014; 67(5):692-9.

Wisniewski D, Silva ES, Évora YDM, Matsuda LM. Satisfação profissional da equipe de enfermagem X condições e relações de trabalho: estudo relacional. Texto e Contexto Enfermagem. 2015; 24(3):850-8.

Downloads

Publicado

2020-06-08

Como Citar

1.
Regis Sena Gomes AP, Costa Souza V, Araujo M de O. Atuação do enfermeiro no cuidado humanizado em unidades de terapia intensiva no Brasil: uma revisão integrativa da literatura. HU Rev [Internet]. 8º de junho de 2020 [citado 7º de maio de 2025];46:1-7. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/28791

Edição

Seção

Artigos de Revisão da Literatura

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)