Relações entre espiritualidade / religiosidade e Psiquiatria no Brasil
Bases teóricas
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2018.v44.28189Palavras-chave:
espiritualidade/religiosidade, psiquiatria brasileira, relações, históricoResumo
As relações entre espiritualidade/religiosidade e Psiquiatria no Brasil passaram por momentos distintos. Os relatos estão fragmentados e distribuídos em diversas fontes. Em uma revisão narrativa esse artigo tem por objetivo oferecer uma visão geral dos protagonistas e principais fatos de cada etapa, desde o século XIX até os dias atuais. A nomeação de Juliano Moreira, em 1903, para a direção do Hospital Nacional dos Alienados (Rio de Janeiro/RJ) é o marco inicial da Psiquiatria cientifica brasileira. O pano de fundo é a visão Positivista do mundo e do ser humano, com a expectativa de que a ciência suplantaria todas as crenças religiosas e metafísicas. Foi preciso que o vigor da Modernidade esmaecesse para que outro entendimento aflorasse. Nas últimas décadas do século XX psiquiatras receptivos ao tema das crenças conseguiram abrir espaços em associações profissionais para debater sobre espiritualidade e somente a partir da década de 1990 as pesquisas nacionais em Psiquiatria começaram a incluir a espiritualidade. Desde então, o conjunto de evidências cresceu célere, mas consistentemente. Em nível mundial – e em menos de três décadas - o Brasil já está entre os cinco países com maior número de publicações sobre espiritualidade/religiosidade e saúde mental, com potencial para permanecer em posição de destaque, pois possui população com grande religiosidade, ao mesmo tempo em que surge uma nova geração de pesquisadores engajados no tema.
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