As representações sociais das pessoas vivendo com HIV/AIDS sobre o uso do antirretroviral Enfuvirtida

Autores

  • Stela Vidigal Milagres Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Girlene Alves da Silva Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Geovana Brandão Santana Almeida Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Teresa Cristina Soares Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2017.v43.2774

Palavras-chave:

Promoção da Saúde. Assistência à Saúde. Adesão à Medicação. Antirretrovirais. Enfermagem.

Resumo

Trata-se de uma pesquisa qualitativa ancorada na teoria das representações sociais, cujos objetivos foram analisar as representações sociais das pessoas vivendo com HIV/AIDS sobre o uso do antirretroviral Enfuvirtida, as repercussões em sua vida cotidiana e comparar as repercussões dessa nova abordagem terapêutica,no cotidiano de pessoas que vivem com HIV/AIDS,com o esquema medicamentoso anterior.O estudo foi realizado no ambulatório de doenças infectoparasitárias de um Hospital Universitário de Minas Gerais, com oito pessoas vivendo com HIV/AIDS sob uso do antirretroviral Enfuvirtida.Para a coleta de dados,utilizou-se um roteiro semiestruturado. Na categoria de análise denominada “A adaptação ao novo – Da compreensão à habilidade no uso da enfuvirtida”, percebeu-se que os aspectos que envolvem o uso de antirretrovirais ultrapassam os benefícios de uma nova possibilidade terapêutica, umavez que os relatos mostram o desejo por uma abordagem que repercuta minimamente no estar e viver o cotidiano das pessoas. As representações dos usuários sobre a Enfuvirtida são significantes para orientar e organizar as condutas pessoais e sociais, dos profissionais, traduzindo o significado e o investimento afetivo que estas pessoas atribuem ao uso desta medicação e os hábitos que incorporam para a condução do tratamento e autocuidado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CHEN, L. F. et al. Ten years of highly active antiretroviral therapy for HIV infection. The Medical Journal of Australia, Sydney, v. 186, n. 4, p. 16-51, jul./ago. 2007.

JACQUES, I. J. A. A. et al. Avaliação da Adesão à Terapia Antirretroviral entre Pacientes em Atendimento Ambulatorial. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, João Pessoa, PB, v. 18, n. 4, p. 303-308, fev./mar. 2014.

JODELET, D. As Representações Sociais. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001.

LEMOS, L. A. et al. Adesão aos antirretrovirais em pessoas com coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana e tuberculose. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, v. 24, n. 3, p. 15-22, set./out. 2016.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº. 196/1996, de 10 de outubro de 1996. Diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde, 1996. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1996/res0196_10_10_1996.html. Acesso em 05 fev. 2017.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. O que é HIV. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pagina/o-que-e-hiv>. Acesso em: 04 fev. 2017.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Recomendações para terapia antirretroviral em adultos infectados pelo HIV. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/pub/2007/59204/consensoadulto005c_2008montado.pdf . Acesso em: 05 fev. 2017.

MOSCOVICI, S. A representação social da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

RACHID, M; SCHECHTER, M.; Manual de HIV/AIDS. 8. ed. Revista e ampliada. Rio de Janeiro: Revinter, 2008.

SANTOS, T. C. A prevalência de fatores de risco para baixa adesão na terapia com enfuvirtida, nos usuários soropositivos para o HIV e em tratamento nos Centros de Referência em Porto Alegre – RS. DST – Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, v. 18, n. 4, p. 247-253, jan./fev. 2006.

SILVA, G. A.; TEIXEIRA, M. G. A representação do portador do vírus da imunodeficiência humana sobre o tratamento com os antirretrovirais. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 42, n.4, p. 729-736, nov./dez. 2008.

SOUZA, M. N. Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes portadores do vírus HIV usuários de enfuvirtida no Centro Regional de Especialidades Metropolitano de Curitiba. 2010. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.

TEIXEIRA, P. R. et al. Tá difícil de engolir? Experiências de adesão ao tratamento antirretroviral em São Paulo. São Paulo: NEPAIDS, 2000. Disponível em: http://nepaids.vitis.uspnet.usp.br/wp-content/uploads/2010/04/ta_dificil.pdf . Acesso em: 05 fev. 2017.

TORRES, D. V. M.; MIRANDA, K. C. L. Enfuvirtida para o tratamento do paciente com Aids: o divisor de águas. Ciência e Saúde coletiva, v. 15, n. 1, p. 1133-1142, ago. 2010.

UNAIDS. Get on the Fast - Track. The life – cycle approach to HIV. Finding solutions for everyone at every stage of life. Geneva, UNAIDS, 2016. Disponível em: http://www.unaids.org/sites/default/files/media_asset/Get-on-the-Fast-Track_en.pdf . Acesso em 05 fev. 2017.

Downloads

Publicado

2019-01-09

Como Citar

1.
Milagres SV, Silva GA da, Almeida GBS, Soares TC. As representações sociais das pessoas vivendo com HIV/AIDS sobre o uso do antirretroviral Enfuvirtida. HU Rev [Internet]. 9º de janeiro de 2019 [citado 19º de abril de 2024];43(4):331-7. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2774

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)