Relação entre medidas antropométricas, escolaridade, renda e índice de qualidade da dieta de mulheres climatéricas

Autores

  • Luciane Freitas Lima Universidade Federal de Juiz de Fora/ Residente
  • Fabiana Faria Ghetti Universidade Federal de Juiz de Fora/ Nutricionista
  • Kelly Cavalheiro Lacerda Universidade Federal de Juiz de Fora/ Residente
  • Maria amélia Ribeiro Elias Universidade Federal de Juiz de Fora/ Nutricionista
  • Aline Aguiar Silva Universidade Federal de Juiz de Fora/ Professora Efetiva
  • Sheila Cristina Potente Dutra Luquetti Universidade Federal de Juiz de Fora/ Professora Efetiva

Palavras-chave:

Climatério, Índice de Qualidade da Dieta, Pós-menopausa, Índices Antropométricos.

Resumo

Avaliar o Índice de Qualidade da Dieta (IQD) de mulheres climatéricas, e sua associação com medidas antropométricas, grau de escolaridade e nível salarial. Trata-se de um estudo retrospectivo, com avaliação de dados secundários obtidos por questionários aplicados como rotina no atendimento de mulheres climatéricas participantes do Projeto “Viver Melhor” do HU/UFJF, compreendidos no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2014. Incluíram-se todos os questionários que se encontravam completos. Foram coletados: dados socioeconômicos, história clínica, hábitos de vida, avaliação dietética e antropométrica. Calculou-se ainda o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Índice de Conicidade (IC). Observou-se uma idade média de 50,3 ± 4,77 anos. O IMC médio de 28,86 kg/m², sendo que a maioria apresentava excesso de peso, 48,84% (n=21) com sobrepeso e 34,88% (n=15) obesidade. O excesso de adiposidade corporal central estava presente em 83,72% (n=36) e 30,23% (n=13) obtiveram valores elevados para RCQ, indicando risco elevado para doenças cardiovasculares e outras doenças metabólicas. O IC foi utilizado como discriminador para risco cardiovascular elevado. Quanto à avaliação do IQD, a maioria (74,42%, n=32) das participantes necessitava melhorar a qualidade da dieta, já as que apresentaram dietas consideradas adequadas/saudáveis representam 25,58% (n=11), porém nenhuma das dietas avaliadas encontrava-se inadequada. Não foi observada relação significativa entre medidas antropométricas, grau de escolaridade, nível salarial e o IQD. A maioria das mulheres climatéricas avaliadas apresentavam excesso de peso e necessitavam realizar melhorias em seus hábitos alimentares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luciane Freitas Lima, Universidade Federal de Juiz de Fora/ Residente

Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto

Fabiana Faria Ghetti, Universidade Federal de Juiz de Fora/ Nutricionista

Serviço de Nutrição e Dietética

Kelly Cavalheiro Lacerda, Universidade Federal de Juiz de Fora/ Residente

Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto

Maria amélia Ribeiro Elias, Universidade Federal de Juiz de Fora/ Nutricionista

Serviço de Nutrição e Dietética

Aline Aguiar Silva, Universidade Federal de Juiz de Fora/ Professora Efetiva

Departamento de Ciencias Biológicas

Sheila Cristina Potente Dutra Luquetti, Universidade Federal de Juiz de Fora/ Professora Efetiva

Departamento de Ciencias Biológicas

Referências

BEN ALI, S. et al. Menopause and metabolic syndrome in

tunisian women. Biomed Research International, v. 2014: no.

, 2014.

BITENCOURT, C. C. et al. Vida da Mulher no Climatério: Um

mapeamento das alterações manifestadas. RECIIS – Revista

Eletrônica de Comunicação Informação & Inovação em Saúde,

v. 3, n. 3, set, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à

Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.

Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. Brasília

(DF): Ministério da Saúde, 2008.

CERVATO, A. M; VIEIRA, V. L. Índices dietéticos na avaliação

da qualidade global da dieta. Revista de Nutrição, v. 16, n. 3, p.

-355, 2003.

CORREA, C. S. et al. Effects of strength training on blood

lipoprotein concentrations in postmenopausal women. Jornal

Vascular Brasileiro, v. 13, n. 4, p. 312-317, 2014.

EUFRÁSIO, M. R. et al. Efeito de diferentes tipos de fibras

sobre frações lipídicas do sangue e fígado de ratos Wistar.

Ciência e Agrotecnologia, v. 33, n. 6, p. 1608-14, 2009.

FISBERG, R. M. et al. Índice de Qualidade da Dieta: avaliação

da adaptação e aplicabilidade. Revista de Nutrição, v. 17, n. 3, p.

-318, 2004.

FRANÇA, A. P. Estado nutricional e risco de doença

cardiovascular de mulheres no climatério atendidas em um

ambulatório da cidade de São Paulo [dissertação]. São Paulo:

Universidade Federal de São Paulo, FCF/FEA/FSP; 2003.

GALLON, C. W. Perfil nutricional e qualidade de vida de

mulheres no climatério [dissertação]. Porto Alegre: Universidade

Federal do Rio Grande do Sul; 2009.

GALLON, C. W; WENDER, M. C. O. Estado nutricional e

qualidade de vida da mulher climatérica. Revista Brasileira de

Ginecologia e Obstetrícia, v. 34, n.4, p. 175-183, 2012.

INSTITUTE OF MEDICINE (IOM). Dietary reference intakes

for energy, carbohydrate, fiber, fat, fattu acids, cholesterol,

protein and amino acids (macronutrients). Washington, DC:

National Academic Press, 2005.

IRALA, C. H. Qualidade de vida, resposta imune e consumo

alimentar de pacientes com câncer de mama do Hospital

Universitário de Brasília. Dissertação (Mestrado em Nutrição

Humana). Brasília: Universidade de Brasília; 2011.

JOUYANDEH, Z. et al. Metabolic syndrome and menopause.

Journal of Diabetes & Metabolic Disorders, v. 12, n. 1, 2013.

JULL, J. et al. Lifestyle interventions targeting body weight

changes during the menopause transition: a systematic review.

Journal of Obesity, v. 2014, p. 1-16, 2014.

LEJSKOVÁ, M. et al. Natural postmenopause is associated with

an increase in combined cardiovascular risk factors. Physiological

Research, v. 61, n. 6, p. 587-96, 2012.

LIMA, A. N. Fatores Associados ao Excesso de Peso entre os

Usuários do Serviço de Promoção à Saúde: Academia da Cidade

do Distrito Sanitário Leste de Belo Horizonte [dissertação]. Belo

Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2009.

MANIOS, Y.et al. Estimation of abdominal fat mass: validity

of abdominal bioelectrical impedance analysis and a new

model based on anthropometry compared with dual-energy

x-ray absorptiometry. The Journal of The North American

Menopause Society, v. 20, no. 12, p. 1280-1283, 2013.

MARTINAZZO, J. et al. Avaliação nutricional de mulheres no

climatério atendidas em ambulatório de nutrição no norte do Rio

Grande do Sul, Brasil. Ciências & Saúde Coletiva, v. 18, n. 11, p.

-3356, 2013.

MIRANDA, M. P. et al. Caracterização do perfil antropométrico,

lipídico e dietético de mulheres no climatério, associados com

o risco de doenças cardiovasculares. Cadernos Unifoa Centro

Universitário de Volta Redonda Fundação Oswaldo Aranha,

edição especial do curso de nutrição, Maio, p. 31-39, 2013.

OMS - Organização Mundial da Saúde. Obesity – Presenting and

managing the global epidemic. Report of a WHO consultation

on obesiy. Genebra, 1998.

PHILIPPI, S. T. Tabela de Composição de Alimentos: Suporte

para decisão nutricional. 4ª Edição Revisada e Atualizada.

Manole, 2013.

PINHO, L. et al. Excesso de peso e consumo alimentar em

adolescentes de escolas públicas no norte de Minas Gerais,

Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 1, p. 67-74, 2014.

PITANGA, F. J. G; LESSA, I. Indicadores Antropométricos

de Obesidade como Instrumento e Triagem para Risco

Coronariano Elevado em Adultos na Cidade de Salvador-Bahia.

Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 85, n. 01, p. 26-31, 2005.

POPKIN, B. M; ZIZZA. C; SIEGA-RIZ, A. M. Who is leading

the change? U.S. dietary quality comparison between 1965 and

American Journal of Preventive Medicine, v. 25, no. 1, p.

-8, 2003.

PREVIATO, H. D. R. A; VOLP, A. C. P; FREITAS, R. N.

Avaliação da qualidade da dieta pelo Índice de Alimentação

Saudável e suas variações: uma revisão bibliográfica. Nutrición

Clínica y Dietética Hospitalaria, v. 34, n. 2, p. 88-96, 2014.

ROCHA, J. S. B et al. Perfil antropométrico e qualidade de vida

em mulheres climatéricas. Arquivos Catarinenses de Medicina, v.

, m. 1, p. 60-64, 2014.

SARRAFZADEGAN, N. et al. The association between

hypertriglyceridemic waist phenotype, menopause, and

cardiovascular risk factors. Archives of Iranian Medicine, v. 16,

no. 3, p. 161-6, 2013.

SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz

Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose

Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de

Cardiologia. Arquivos brasileiros de cardiologia. 2007.

SÉNÉCHAL, M. et al. Weight gain since menopause and

its associations with weight loss maintenance in obese

postmenopausal women. Clinical Interventions in Aging, v. 6, p.

-25, 2011.

STEINER, M. L. et al. Avaliação de consumo alimentar,

medidas antropométricas e tempo de menopausa de mulheres na

pós-menopausa. Revista Brasileira de Ginecologia Obstetrícia, v.

, n. 1, p.16-23, 2015.

Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO. 4ª ed.

Revisada e Ampliada. Campinas. SP, 2011.

TARDIDO, A. P. et al. Associations between healthy eating

patterns and indicators of metabolic risk in postmenopausal

women. Nutrition Journal, v. 9, n. 64, 2010.

VIEIRA, V. C. R. et al. Perfil socioeconômico, nutricional e de

saúde de adolescentes recém-ingressos em uma universidade

pública brasileira. Revista de Nutrição, v. 15 n. 3, p. 273-282,

WELLONS, M. et al. Early menopause predicts future

coronary heart disease and stroke: the Multi-ethnic Study of

Atherosclerosis. Menopause, v. 19, n.10, p.1081-87, 2012.

Downloads

Publicado

2017-01-24

Como Citar

1.
Lima LF, Ghetti FF, Lacerda KC, Elias M amélia R, Silva AA, Luquetti SCPD. Relação entre medidas antropométricas, escolaridade, renda e índice de qualidade da dieta de mulheres climatéricas. HU Rev [Internet]. 24º de janeiro de 2017 [citado 28º de março de 2024];42(4):297-305. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2579

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)