As práticas dos profissionais de saúde em relação à violência de gênero em uma maternidade no Rio de Janeiro

Autores

  • Paloma Abelin Saldanha Marinho Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Hebe Signorini Gonçalves Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Violência de gênero, Prática profissional, Instituições de saúde.

Resumo

O objetivo deste trabalho é discutir quais são as práticas dos profissionais de saúde em relação à violência de gênero em uma maternidade no Rio de Janeiro. Dada a recente entrada da violência de gênero na agenda da saúde, com políticas, recomendações e protocolos para esse setor, faz-se necessário analisar de que forma essa entrada se faz presente no cotidiano dos profissionais de saúde. Para tal, foram entrevistados dez profissionais de uma maternidade, cujas entrevistadas foram analisadas sob o método da análise do discurso. Concluiu-se que falta capacitação no tema, o que se traduz em práticas fragmentadas e alienadas em relação às normas e recomendações existentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paloma Abelin Saldanha Marinho, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Psicóloga e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Referências

ALMEIDA, S.S.; . In: ALMEIDA, S.S. (Org). Violência de Gênero e Políticas Públicas. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, p. 23-42, 2007.

BORSOI, T. S., BRANDÃO, E.R., CAVALCANTI, M.L.T. Ações para o enfrentamento da violência contra a mulher em duas unidades de atenção primária à saúde no município do Rio de Janeiro. Interface- Comunicação, Saúde, Educação, Boucatu, v. 13, n. 28, p. 165-174, 2009.

BRASIL. Norma técnica prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes. Brasília, Ministério da Saúde, 126 p., 2012.

_______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 4. Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 74 p., 2008.

________. Lei 11340/2006 - Lei Maria da Penha. Publicada no Diário Oficial da União em 07 de agosto de 2006.

CARVALHO, S. et al. Análise da conduta ética do pediatra frente a crianças vítimas de maus tratos. HU Revista, Juiz de Fora, v. 36, n. 3, p. 183-187, jul./set. 2010.

FOWLER R.G et al., Language and Control. London, Rouledge & Kegan Paul Ltd, 120 p., 1979.

HASSE, M.; VIEIRA, E.M. Como os profissionais de saúde atendem mulheres em situação de violência? Uma análise triangulada dos dados. Saúde em debate, Rio de Janeiro, v. 38, n.102, p. 482-493, 2014.

LIMA, C.A; DESLANDES,S.F. Violência sexual contra mulheres no Brasil: conquistas e desafios do setor na década de 2000. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.23, n.3, p. 787-800, 2014.

MINAYO, M.C.S. A Inclusão da violência na agenda da saúde: trajetória histórica. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 11, suplemento, p. 1259-1267, 2007.

MOREIRA, S. da N.; GALVÃO, L. L. L. F.; MELO, C. O. M.I; e AZEVEDO, G. D. de A. Violência física contra a mulher na perspectiva de profissionais de saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, vol. 42, n.6, 2008.

SAFFIOTI, H. I.B. Gênero e Patriarcado: a necessidade da violência. In: CASTILLO-MARTÍN, M. e OLIVEIRA, S. (orgs.). Marcadas a Ferro: violência contra a mulher, uma visão multidisciplinar. Brasília: SEPM, Pp. 35-76, 2005.

SOUZA E.R. et al. O tema da violência intrafamiliar na concepção dos formadores dos profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 5, p. 1709-1719, 2009.

VICENTE, L. M.; VIEIRA, E. M. O conhecimento sobre a violência de gênero entre estudantes de Medicina e médicos residentes. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 33, n. 1, p. 63-71, 2009.

VILLELA, W V. e LAGO, T. Conquistas e desafios no atendimento das mulheres que sofreram violência sexual. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.23, n.2, p. 471-475, 2007

VISENTIN, F., Vieira, L.B., Trevisan, I., Lorenzini E., Silva, E.F. Women’s primary care nursing in situations of gender violence. Investigación y Educación em Enfermería, Medellín, v.3, n3, p.556-564, 2015.

WETHERELL M.; POTTER J. El análisis del discurso y la identificación de los repertorios interpretativos. En: Gordo, A. y Linaza, J. Psicologías, discursos y poder. Madrid, Visor, p.63-78, 1996.

Downloads

Publicado

2016-09-20

Como Citar

1.
Marinho PAS, Gonçalves HS. As práticas dos profissionais de saúde em relação à violência de gênero em uma maternidade no Rio de Janeiro. HU Rev [Internet]. 20º de setembro de 2016 [citado 23º de abril de 2024];42(2). Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2434

Edição

Seção

Artigos Originais