A paciência como textura da alma

Autores

  • Eduardo da Silveira Campos

DOI:

https://doi.org/10.34019/2448-2137.2019.31110

Resumo

No discurso de Kierkegaard sobre a paciência há uma correspondência entre a paciência e a alma adquirida. O exercício do pacientar é ele mesmo a alma sendo adquirida, de tal modo que, em algumas partes, ele nem mais fala em adquirir a alma, mas em adquirir a paciência. Dessa forma, poderíamos dizer que paciência é a textura temporal da alma, e a alma, por sua vez, a textura vital do tempo. Parece assim que somos capazes de tocar a própria alma, quando simplesmente acalentamos a vida que somos sob o sentido de um tempo extraordinário, que somente na paciência pode ser sentido. É em sua nudez que a alma despojada do mundo pode sentir a possibilidade de outro tempo.

 

Palavras-chave: Paciência; alma; mundo; nudez; vazio

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Publicado

2020-07-04