INFINITO, ÉTICA E ALTERIDADE: LEVINAS

Autores/as

  • Pedro Calixto Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/2448-2137.2016.17642

Resumen

O que há de mais natural que amar algo, alguém ou seus amores quando ambos nos inter-essam. Amar o amor de alguém se torna mais, muito mais difícil ou até mesmo impossível quando esse algo ou alguém inter-essante não se apresenta. Porém, amar até mesmo o ódio com que o amado ou a amada o ama (sabendo que esse ou essa amada ou amado não foram, nem devem ser escolhidos em função do amor ou desamor que têm para com você, isto seria amar e amá-lo (a) a partir do amor que ele ou ela não lhe dá. Que desafio! Trata-se de um amar desarmado, ou seja, amar a partir do amor dele ou dela e não amar a partir daquilo que amamos em nós mesmos e para nós mesmos nele ou nela. Não nos enganemos: trata-se de um convite escandaloso ao sacrifício que implica o conceito de substituição no pensamento de Levinas: loucura para os homens, mas sabedoria para Levinas. Eis o desafio deste grande pensador. E que desafio pensá-lo! Fácil séria esquivá-lo pela cegueira da própria filosofia que, segundo ele, não conseguiu durante 2500 anos se desprender do conatus essendi. Tal esquiva se explica pela dificuldade do egocentrismo em se abstrair da relação erótica natural onde os valores do ego sempre buscam se prevalecer. Nessas circunstâncias somente a possibilidade da emergência de um infinito literalmente meta-físico (além do natural) poderia abrir uma brecha e instaurar a possibilidade de uma verdadeira ética. Essa tese merece meditação. Eis o objetivo deste trabalho.

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Publicado

2018-08-07