Da indiscrição ao pudor: criemos nossos filhos na vergonha da razão
DOI:
https://doi.org/10.34019/2448-2137.2022.39955Abstract
Segundo Levinas, o “homem ocidental” se caracteriza por uma indiscrição sem limites. Quer tudo experimentar e provar, colocando-se acima do bem e do mal. Evita a todo custo sucumbir aos perigos da própria aventura. Neste artigo perguntamos se a contenção dessa, por assim dizer, compulsão a dominar não seria a essência (eidos) de uma sabedoria em sentido levinasiano. Uma fenomenologia da vergonha talvez possa confirmar essa tese. Tal fenomenologia permite descrever o pudor como sensibilidade ética fundamental, urgente em nossos dias.
Palavras-chave: Fenomenologia, Ética, Vergonha, Indiscrição, Pudor.