Hannah Arendt:

diante da fragilidade do mundo, a modéstia do crítico

Autores

  • Ana Lívia Castanheira Pontifícia Universidade Católica - Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Intelectual, Hannah Arendt, in-between, pensamento, ação

Resumo

O presente texto foi elaborado como uma reação ao capítulo “O frágil mundo no in-between: a destruição totalitária e a modéstia do pensamento crítico – Hannah Arendt” (capítulo 5) contido no livro de Rodrigo Cordeiro, “Crise e Crítica”. Realizo, portanto, uma reflexão acerca do papel modesto do intelectual diante do mundo e de suas crises a partir da leitura que Cordeiro realiza da filosofa alemã. Procuro apresentar indícios da percepção que Arendt possuía acerca de intelectuais públicos, não apenas em sua crítica aos “profissionais”, mas também a partir das qualidades que identificou, por exemplo, no comportamento de Sócrates e Karl Jaspers. O intelectual surge então como um flâneur que é capaz de se afastar do ritmo incessante da vida, observar o fluxo e então parar para pensar. Na sequência, o modesto papel do intelectual é compreendido como o de “guardião” e garantidor da existência do espaço necessário entre os homens no qual a humanidade, e o próprio mundo público, pode se expressar – o in-between.

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HANNAH ARENDT: DIANTE DA FRAGILIDADE DO MUNDO, A MODÉSTIA DO

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Publicado

2024-04-29

Como Citar

Castanheira, A. L. (2024). Hannah Arendt:: diante da fragilidade do mundo, a modéstia do crítico. CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, (37), 58–82. Recuperado de https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/42748

Edição

Seção

Dossiês