Entre um Show e Algumas Lives
Músicas e feminismos em uma cidade de 2020
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-2140.2021.34220Palavras-chave:
Liminaridades, Feminismo, Experiência Estética, Narrativas, LivesResumo
As performances do feminismo na cultura pop serão retomadas a partir de uma cartografia de semelhanças dos fragmentos de narrativas de duas etnografias. A primeira, com a incursão no show da banda Pussy Riot, com participação especial de Linn da Quebrada e Jup do Bairro, encerramento do Festival Sem Censura, promovido pela Prefeitura de São Paulo, em janeiro de 2020. A segunda etnografia foi produzida a partir da incursão nas lives “Bailinho Covid” do perfil DanzaMedicina, animado por Morena Cardoso, durante o isolamento social que busca enfrentar a pandemia do coronavírus, no mesmo ano. O texto arrisca-se em promover uma experimentação para produção de conhecimento a respeito da potência das experiências estéticas em produção nas liminaridades criativas entre os espaços urbanos e as redes sociais digitais. As semelhanças cartografadas situam as possibilidades de transformação dos entendimentos e relações sociais a partir da experiência de fruição estética musical nos contextos urbanos de 2020, de pessoas confinadas em suas casas e conectadas em programações em plataformas de redes sociais.
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