Ativistas, festeiros e apaixonados pela rua
potências e controvérsias do chamado Carnaval “não oficial” do Rio de Janeiro entre 2010 e 2020
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-2140.2021.34207Palavras-chave:
Comunicação, Cidade, Cultura, Carnaval, Carnaval não oficialResumo
Investigamos a construção e enraizamento das experiências carnavalescas ativistas nas ruas do Rio de Janeiro entre os anos de 2010 e 2020 que consolidaram o movimento chamado Carnaval “não oficial”. Argumentamos no artigo que a rede complexa de produção de cortejos carnavalescos vem contribuindo significativamente para a projeção de outras atividades culturais e para as transformações das cenas independentes na cidade. Buscamos consolidar o acompanhamento dos atores e microeventos realizados nos últimos anos, reunindo no artigo as controvérsias (LATOUR, 2012) e potencialidades que agitaram o movimento de Carnaval “não oficial”. Acreditamos que a revisão das dissensualidades encontradas em campo são potencialmente capazes de arquitetar arcabouços teóricos mais sintonizados com o alto nível de assimilação e interação dos grupos culturais com os novos ativismos, estéticas, sonoridades e visualidades da urbe.
Downloads
Referências
BARROSO, Flávia Magalhães; BELART, Victor; FERNANDES, Cíntia Sanmartin. Rio de Janeiro pós-olímpico: as reconfigurações dos espaços musicais na cidade em movimento. In: Anais do 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. São Paulo: INTERCOM, 2020
BARROSO, Flávia Magalhães. Festas de contramão: Cenas e experiências dissensuais da rua. Dissertação de Mestrado - Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2018.
BARROSO, Flávia Magalhães; FERNANDES, Cíntia Sanmartin. Os limites da rua: uma discussão sobre regulação, tensão e dissidência das atividades culturais nos espaços públicos do Rio de Janeiro. Políticas culturais em revista, 2018.
BELART, Victor. Carnaval do Concreto: Experiências Piratas num Rio de Janeiro em movimento. In: ANAIS. XLII Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. 2019, Belém – 2 a 7 set. 2019.
BELART, Victor. Cidade Pós-olímpica: o Carnaval Pirata e as reformas do Centro do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2020.
BONAN, Anna Cecília Faro; TOLEDO, Bianca Rodrigues; BELLO, Enzo. EU QUERO É BOTAR… MEU BLOCO NA RUA! Direito à cidade e cultura em carnavais de luta. Perspectivas do Discurso Jurídico, 146. 2017.
CABANZO, Maria Pilar; HERSCHMANN, Micael. Contribuições do grupo musical Songoro Cosongo para o crescimento do carnaval de rua e das fanfarras cariocas no início do século XXI. In: Lumina (Juiz de Fora), v. 10, p. 1-16, 2016.
CANEVACCI, Massimo. Sincrétika: explorações etnográficas sobre artes contemporâneas. São Paulo: Studio Nóbel, 2013.
CANCLINI, Néstor García. Culturas híbridas. Debolsillo, 2012.CERTEAU, M de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.
CANCLINI, Néstor García. De la diversidad a la interculturalidad. In: Conflictos Interculturales. Barcelona: Editorial Gedisa, 2011.
COUTO, Peres Caroline. Entra cultura, sai política: práticas de boa governança na gestão das manifestações de rua por parte do Porto Maravilha. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro., Rio de Janeiro, 2019.
COSTA, Haroldo. 100 anos do carnaval de rua do Rio de Janeiro. São Paulo: Irmãos Vitale, 2001
DELEUZE, Gilles.; GUATTARI, Félix. Mil platôs vol. 4. São Paulo: Ed, v. 34, p. 47, 1997.
DIAS, Flávia Thais Sobrinho. Feminismos nas fanfarras de rua cariocas: os estudos de caso do bloco Mulheres Rodadas e da brass band Damas de Ferro. Dissertação de Mestrado. Programa de pós-graduação da Escola de Comunicação da UFRJ. 2017
DIAS, Flávia. Performances Femininas nas Fanfarras de Rua Carioca. Entremeios, v.13, n.1, 2017.
ESTEVÃO, Andrea; Herschmann, Micael. Artivismo Feminista no Carnaval Carioca. Anais do 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. São Paulo: INTERCOM, 2020.
FERNANDES, Cintia Sanmartin; HERSCHMANN, Micael. Música nas ruas do Rio de Janeiro. 1. ed. São Paulo: INTERCOM, 2014. v. 1. 272p.
FERNANDES C.S.; HERSCHMANN, M. Relevância da cultura de rua no Rio de Janeiro em um contexto de valorização dos megaeventos. Curitiba: Compós, 2016.
FERNANDES, Cintia Sanmartin; BARROSO, Flávia Magalhães; BELART, Victor. Cidade Ambulante: a climatologia da errância nos coletivos culturais do Rio de Janeiro. Revista Mediação. v.22, n.19, 2019.
FERNANDES, Cíntia Sanmartin; Herschmann Micael; BARROSO, Flávia Magalhães. Corpo, cidade e festa: as “performances do dissenso” no carnaval de rua carioca. INTERIN, v. 24, n. 1, jan./jun. 2019.
FIGUEIREDO, André Videira de. (2021). A Metrópole Carnavalizada: Os Blocos de Rua Como Performances Surrealistas e Situacionistas na Cidade do Rio de Janeiro. Revista Lusófona De Estudos Culturais, 8(1), 203-220
FLORIDA, Richard. A ascensão da classe criativa. Porto Alegre: L&PM, 2011.
FREITAS, Ricardo Ferreira. Da cidade espetáculo à cidade mercadoria: a comunicação urbana na comunicação da marca Rio. Ecopós, v.20, n.3, 2017.
FRYDBERG, Marina Bay. Novos agentes e novas configurações no carnaval dos blocos de rua na cidade do Rio de Janeiro. Ponto Urbe. Revista do núcleo de antropologia urbana da USP, n. 20, 2017.
GOTARDO, Ana Teresa. Rio para gringo: A construção de sentidos sobre o carioca para consumo turístico. 2016. 164 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Ed.34, 1992.
HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2010.
HARAWAY, Donna J. Seguir con el problema. Bilbao: Edición Consonni, 2019.
HERSCHMANN, Micael. Apontamentos sobre o crescimento do Carnaval de rua no Rio de Janeiro no início do século 21. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, 2013.
JACQUES, Paola Barestein. Elogio aos errantes. Salvador: EDUFBA, 2012.
LACERDA, Igor; BELART, Victor. Cidade pós-megaeventos: legados e improvisos entre o Maracanã e o Porto Maravilha. In: SARAIVA, Luziane Silva Saraiva; SOARES, Paulo Henrique Leal; FREITAS, Ricardo. Org: Relações Públicas Internacionais e Mercados Emergentes. São Luís. EDUFMA, 2021.
LA ROCCA, Fabio. A cidade em todas suas formas. Porto Alegre: Sulina, 2018.
LACOMBE, Fabiano; Herschmann, Micael. Convivialidade e Territorialidade Sônico-Musical no Carnaval da Charanga Talismã em Vila Kosmos. In: Anais Intercom, 2020.
LACERDA, Igor. Medo dos espaços urbanos: narrativas do jornal O Globo sobre a “Lapacaótica”. Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas (Abrapcorp), 2019.
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador: Edufba, 2012.
MARTINS, Daniel Marcos. Música, identidade e ativismo: a música nos protestos de rua no Rio de Janeiro (2013-2015). Revista Vórtex (Dossiê Som e/ou Música Violência e Resistência – Org.: GUAZINA, Laize), Curitiba, v.3, n.2, 2015.
MOREAUX, Michel. Performance e música: possibilidades de trocas afetivas e de ocupação do espaço público no Festival ativista de fanfarras Honk! Rio 2018. Espaço e Cultura. UERJ, Rio de Janeiro. N.45, 2018.
RANCIÈRE, Jacques. Partilha do sensível: estética e política. São Paulo. Editora 34, 2009.
RANCIÈRE, J. The politics of aesthetics: the distribution of the sensible. London: Continuum, 2005.
REIA, Jhessica Francielli. Os palcos efêmeros da cidade: arte de rua, regulação e disputa pelos espaços públicos urbanos em Montreal e no Rio de Janeiro. Revista ECO-Pós, 2017, 20.3: 215-243.
REIS, Ana Carla Fonseca. Cidades criativas. Editora SESI-Serviço Social da Indústria, 2015.
RINCÓN, Omar. O Popular na Comunicação: Culturas Bastardas + Cidadanias Celebrities. Revista Eco-Pós, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 27-49, 2016.
ROCHA, Rose de Melo. Corpos significantes na metrópole discursiva. In: Significação. São Paulo: Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da ECA/USP, n. 37, 2012.
ROCHA, Rose de Melo. Artivismos Musicais de Gênero e suas Interfaces Comunicacionais. Anais do 42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. São Paulo: Intercom, 2019.
RODRIGUES, Flávio Lins. Rock In Rio: comunicação e consumo no contexto de um grande evento made in Brazil. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
SÁ, Simone Pereira de; CARREIRO, Rodrigo; FERRARAZ, Rogério (org). Cultura Pop. Edufba: Salvador; Brasília: COMPÓS, 2015.
SAPIA, Jorge Edgardo; ESTEVÃO, Andréa Almeida de Moura. "Considerações a respeito da retomada carnavalesca: o carnaval de rua no Rio de Janeiro." Textos escolhidos de cultura e arte populares 9.1 (2012).
SELDIN, Claudia. A ‘cidade criativa’como um novo paradigma nas políticas urbano-culturais. Rio de Janeiro: VII Seminário Internacional de Políticas Culturais, 2016.
SOARES, Thiago. Abordagens teóricas para estudos sobre música pop. Rio de Janeiro, Logos, v. 2, n. 24, 2014.
SIMMEL, Georg. Sociologia. Organização de Evaristo de Moraes Filho. São Paulo: Ática, 1983.
VELOSO, Ana Clara Siqueira. Carnaval de Rua do Rio de Janeiro: Investigações na Era da Sociedade Incivil, INTERCOM, 2020.
VIVANT, Elsa. O que é uma cidade criativa?. Editora Senac. São Paulo. 2012.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Ubu Editora LTDA-ME, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todos os artigos científicos publicados na CSOnline – Revista Eletrônica de Ciências Sociais estão licenciados sob uma Licença Creative Commons
