As cotas no curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Tarcília Fernandes Nascimento
  • Luiz Antonio Belletti Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-2140.2021.32566

Palavras-chave:

Cotas, Ações afirmativas, Credencialismo

Resumo

O presente artigo analisa a política de cotas no curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A escolha da instituição deveu-se ao fato de se tratar da universidade que recebeu a responsabilidade de inaugurar a política no Brasil, estando sob as críticas e polêmicas desde os primeiros momentos. O curso foi escolhido por ser de alto prestígio social, historicamente ocupado pelas elites, e com grau de dificuldade de entrada muito acentuado. O interesse por descobrir como esta política é encarada em um curso com estas características foi o motor propulsor desta pesquisa. Pretendeu-se descobrir quem são os alunos beneficiários deste programa, atentando para suas características socioeconômicas e de desempenho escolar. Buscou também compreender como são dadas as relações destes alunos, entre eles, entre os demais estudantes, professores e a vida universitária. A metodologia do trabalho de pesquisa partiu da análise de documentos e de pesquisa de campo. Foram analisadas as atas do Conselho Superior da Uerj (Consun), as leis nacionais e estaduais e o banco de dados estatísticos da Uerj, o DataUerj. Foram realizadas também entrevistas com alunos cotistas e não cotistas do curso, sobre o que se refere às percepções destes atores sobre a política analisada. O referencial teórico discute conceitos sobre credencialismo, meritocracia e espaços subordinados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CARVALHO, Márcia de; WALTENBERG, Fábio D. Cotas aumentam a diversidade dos estudantes sem comprometer o desempenho? Texto para discussão 73. Niterói: CEDE/UFF, 2013.

COLLINS, Randall. La sociedad credencialista: sociología histórica de la educación y de la estratificación. Trad. Ricardo Lezcano. Madrid: Akal, 1989.

HASENBALG, Carlos. Discriminação e desigualdades raciais no Brasil. 2 ed. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2005.

MOEHLECKE, Sabrina. Ação afirmativa: História e debates no Brasil. Cadernos de pesquisa, São Paulo, n. 117, nov. 2002.

MONT’ALVÃO, Arnaldo. Estratificação Educacional no Brasil do Século XXI. Dados. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 54, n. 2, 2011.

MORAES SILVA, Graziella. Ações Afirmativas no Brasil e na África do Sul. Tempo Social, São Paulo, v. 18, p. 131-165, 2006.

NASCIMENTO, Tarcísio. As ações afirmativas na câmara federal: uma análise das orientações políticas que as norteiam. 2012. 127 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012.

NIESC. DataUerj. Anuário estatístico. Base de dados 2007. 2008.

NIESC. DataUerj. Anuário estatístico. Base de dados 2008. 2009.

NIESC. DataUerj. Anuário estatístico. Base de dados 2009. 2010.

NIESC. DataUerj. Anuário estatístico. Base de dados 2010. 2011.

NIESC. DataUerj. Anuário estatístico. Base de dados 2011. 2012.

NIESC. DataUerj. Anuário estatístico. Base de dados 2012. 2013.

SCHARTZAMAN, Simon. A Revolução Silenciosa do Ensino Superior: Seminário sobre “o sistema de ensino superior Brasileiro em Transformação”. In: DURHAM, Eunice Ribeiro; SAMPAIO, Helena. O Ensino Superior em Transformação. São Paulo: Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior (NUPES/USP), 2000.

SOUZA, Jessé. A Modernização Seletiva: Uma reinterpretação do dilema brasileiro. Brasília: UNB, 2000.

UERJ. Avaliação qualitativa dos dados sobre desempenho acadêmico. Relatório, 2011.

Downloads

Publicado

2022-12-16

Como Citar

Nascimento, T. F., & Belletti Rodrigues, L. A. (2022). As cotas no curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, (34), 215–228. https://doi.org/10.34019/1981-2140.2021.32566

Edição

Seção

Artigos