FORA DE CENA: A INVISIBILIDADE DOS TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS CAPIXABAS NA IMPRENSA CAPIXABA
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-2140.2017.17537Resumo
A forma como a mídia aborda questões relacionadas aos direitos das minorias deve ser objeto de preocupação dos pesquisadores da área, sobretudo quando se considera a capacidade que os meios de comunicação têm de interferir na esfera pública e social. Este artigo, particularmente, analisa o apagamento e o silenciamento da política de titulação de territórios quilombolas no jornal A Gazeta em um período de 15 anos a partir da promulgação da Constituição Federal (1988-2003). Tendo como suporte teórico-metodológico as categorias interdiscurso [ou memória do dizer] e silêncio, da escola francesa de Análise do Discurso, foi possível constatar a invisibilização de comunidades remanescentes de quilombos na cobertura realizada por esse jornal, que é um dos impressos de maior tiragem do Espírito Santo e de maior legitimidade na elite capixaba. O periódico ainda se limitou, no parco espaço destinado a essa minoria, a tratar de questões ligadas à cultura e a problemas sociais locais, passando ao largo de assuntos de real interesse daquelas comunidades como o direito constitucional ao reconhecimento e à demarcação de seus territórios.
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