FORMAS ORGANIZATIVAS E TRANSBORDAMENTO SOCIETÁRIO NA ONDA DE PROTESTOS DE JUNHO DE 2013
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-2140.2017.17529Resumo
A onda de protestos de junho de 2013 destacou-se por ser um dos maiores processos de mobilização da história do país e por desenvolver repertórios de confronto distintos dos predominantes nas grandes manifestações do passado. Este artigo analisa como a forma organizativa da fase inicial da onda de protestos influenciou a difusão da mobilização e as inovações de repertório, elementos presentes no processo de transbordamento societário que caracteriza a segunda fase dos protestos. A análise se concentra na forma de organização implementada pelo Movimento Passe Livre – São Paulo, de 06 a 13 de junho, pela qual constata-se a construção de uma relação inorgânica entre manifestantes e movimento, alicerçada numa ideologia de influência autonomista que prioriza a tática em detrimento do projeto estratégico. Com isso, conclui-se que a forma organizativa utilizada pelo MPL em São Paulo, ao rejeitar construir um projeto estratégico de disputa hegemônica, foi um fator de influência no rumo tomado pela inflexão da onda de protestos, facilitando sua difusão e a quebra do enquadramento unitário.
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