O NEGRO E A CIDADE: UM ESTUDO NO BAIRRO DOM BOSCO EM JUIZ DE FORA (MG)
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-2140.2018.17422Resumo
O presente trabalho pretende discutir sobre a racialização do espaço urbano, como uma das expressões do racismo ambiental, haja vista que é no chão do território que se constata a trajetória de espoliação que a população negra é submetida pela classe dominante e o Estado é uma figura que ratifica e impõe a condição por baixo, através da violência, desconsiderando a sua condição humana e repetindo a história do castigo do corpo pelo viés da inferiorização. A senzala do século XXI são as favelas e as áreas de desastres ambientais! Para a análise do problema exposto o bairro Dom Bosco foi escolhido para estudo, devido a forte presença de moradores negros e a vulnerabilidade ambiental que estão expostos. Além da pesquisa bibliográfica e das fontes secundárias, realizou-se uma entrevista semi-estruturada com os moradores e também foram utilizados os mapas das áreas de risco ambiental elaborados pela Defesa Civil de Juiz de Fora. Isto posto, conclui-se que o lugar dos negros na cidade será sempre o lugar da ilegalidade, do risco ambiental, da violência, da ausência do poder público que reforça o estigma da cor e da permanência moderna das senzalas, que passaram a ser - as favelas, os assentamentos precários.
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