CRIANÇAS E ADOLESCENTES: CONSUMIDORES OU “PRODUTOS DE CONSUMO” DO MUNDO ESPORTIVO?
Resumo
Este trabalho buscará uma reflexão sobre os paradoxos entre os direitos conquistados para a infância e juventude e a realidade da vida de crianças e adolescentes das periferias que, pelo sonho de consumo, acabam se submetendo a diferentes tipos de conduta que os coloca em situação de risco e vulnerabilidade tornando-se atores de situações de violência real e simbólica. Imaginando que poderão alcançar o status quo de consumidores transformam-se em “produtos de consumo” do mundo adulto cada vez mais mercantilista e globalizado, perpetuando a condição de objetos, contrária aos argumentos para a reforma legislativa que formalmente proclamou, duas décadas atrás, o nascimento de novos sujeitos de direitos para o exercício de cidadania de pessoas em desenvolvimento. Cada vez mais precocemente, evidencia-se o envolvimento de crianças com a exploração de sua mão-de-obra não claramente entendidas como tal através da profissionalização nas categorias de base do futebol cujas ações, muitas vezes, se contrapõem aos direitos fundamentais de crianças e adolescentes atletas, por conta das relações de poder e da cultura comprometida com a representação de uma carreira glamourosa e salvadora para os meninos oriundos das camadas mais pobres da sociedade. As reflexões aqui apresentadas tiveram por base pesquisa empírica e observações de campo.
Palavras-chave: sociologia do esporte, atletas infanto-juvenis, violência invisível, direitos humanos de crianças e adolescentes.
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