COMUNIDADE ÉTNICO-RELIGIOSA E ESTADO-NAÇÃO: REPRESENTAÇÕES DOS DIRIGENTES ARMÊNICOS SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE O RELIGIOSO, O ÉTNICO E O NACIONAL
Resumo
O presente artigo surge a partir da realização de uma série de entrevistas, trabalhos com arquivos e observações etnográficas no âmbito de um trabalho de campo sobre as instituições armênias em Buenos Aires, e objetiva apresentar um conjunto de reflexões em torno das formas em que diversos tipos de “especialistas armênios” representam a relação entre a comunidade étnico-religiosa e o Estado nacional. Sucessivas análises do material empírico recolhido permitem pensar o modo pelo qual, a partir dos diferentes quadros dirigentes das instituições armênias, se elaboram e impõem definições divergentes sobre o armênio, nas quais o religioso e o étnico se relacionam e se articulam de diferentes modos com as representações sobre os Estados-nação argentino e armênio. Assim, diversos grupos de especialistas com trajetórias de socialização distintas disputam para impor definições em um campo no qual mais de uma memória comunitária se apresenta como “verdadeira”. Neste sentido, o estudo das relações entre o religioso e o estatal – para este caso em que o grupo religioso possui uma forte ancoragem étnica – permite indagar sobre modelos de articulação complexos que se convidam a ser pensados em relação aos imaginários do mundo católico.
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