CIDADE E “CAMELÔS”: TRABALHO E IDENTIDADE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES
Resumo
Este artigo propõe uma análise da identidade do trabalhador de rua (camelô) em dois aspectos, a saber: como o trabalhador de rua se reconhece e se identifica na dinâmica econômica urbana, já que exerce a sua atividade laboral na rua, e a relação estabelecida entre os “camelôs” e os comerciantes, haja vista a disputa estabelecida no tocante ao espaço urbano. Desse modo, busca-se compreender como a condição de trabalhador é tecida, como a identidade de trabalhador é construída na perspectiva dos “camelôs” e dos comerciantes. Em tais condições que o trabalho pretende apontar, nota-se o quanto essa relação “camelô” /comerciante acirra a desigualdade no espaço urbano entre trabalhadores de diferentes vertentes. Essa diferenciação social não ocorre apenas em um contexto local, mas é reproduzida também em um espaço mais amplo, com a utilização da mídia que identifica os trabalhadores “informais” em uma perspectiva determinada por “pré-conceitos” criados não em um contexto onde as atividades laborais ocorrem, mas também em um plano estatal, que teve um grande impulso no Estado Novo, quando os trabalhadores que não possuíam vínculos “formalizados” pela CLT eram apontados como “sub-cidadãos”.
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