De Brejo a Parque: estudo antropológico sobre a participação política nas políticas públicas de Educação Ambiental.

Autores

  • Larissa Brito Ribeiro

Resumo

Este trabalho resulta de um estudo etnográfico sobre os espaços e os modos da participação política nas políticas públicas de Educação Ambiental (EA) implementadas no Parque Santa Luzia em Uberlândia (MG). Num contexto nacional em que a participação política é acionada tendo em vista políticas públicas de EA de cunho crítico-emancipatório, no contexto local a participação da comunidade do bairro no qual está localizado o parque defronta-se, de um lado, com os diferentes posicionamentos do poder público local em relação à participação política dos diferentes grupos sociais e, de outro, com os paradoxos contemporâneos vividos pelo Estado pela falta de recursos. De brejo a Parque, a participação reivindicada pela comunidade aparece enquanto defesa de um território que faz parte de sua história no bairro, frente ao poder público local em busca de resolução efetiva dos problemas de degradação no Parque. As políticas públicas de EA nele implementadas, no entanto, distanciam-se das reivindicações dos moradores, inserindo a sua participação nas ações desenvolvidas no Parque como forma de gestão dos conflitos. A ausência de um ‘capital específico’ do campo ambiental, em termos de conhecimentos técnico-científicos a respeito dos problemas ali identificados, coloca a participação dos moradores em posição desigual nas ações de EA. Sua participação é, assim, reconhecida, mas ao mesmo tempo, esvaziada.

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Publicado

2009-10-24

Como Citar

Brito Ribeiro, L. (2009). De Brejo a Parque: estudo antropológico sobre a participação política nas políticas públicas de Educação Ambiental. CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, (4). Recuperado de https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/17069

Edição

Seção

Artigos Teórico empíricos