Reflexos da pandemia de Covid-19 no cuidado de pessoas com Diabetes Mellitus em um município mineiro
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2025.v28.46832Palabras clave:
Diabetes Mellitus, Pandemia COVID-19, Atenção Primária à SaúdeResumen
Introdução: a Diabetes Mellitus (DM), condição crônica de alta morbimortalidade, exige cuidado longitudinal pela Atenção Primária à Saúde (APS) para garantir o bem-estar dos pacientes e prevenir agravos. A pandemia de COVID-19 impactou os sistemas de saúde e interrompeu processos rotineiros de atenção. Objetivo: descrever a assiduidade do acompanhamento de pacientes com DM na APS em um município mineiro nos períodos pré, intra e pós-pandemia. Metodologia: estudo observacional de coorte retrospectiva (2019-2022), com análise de 190 prontuários. Os dados foram descritos em frequências absolutas e relativas. Resultados: no período pré-pandêmico, 12,1% dos pacientes não realizaram consulta. Durante a pandemia, esse número subiu para 16,3% em 2020 e 18,9% em 2021. No pós-pandemia, a taxa aumentou para 24,2%. Além disso, o número de pacientes atendidos apenas por renovação de receitas foi maior em 2020, em comparação aos períodos extra-pandêmicos. Discussão: houve redução no acompanhamento durante a pandemia, com progressivo aumento de pacientes sem consultas regulares, destacando a fragilidade da rede assistencial no período pandêmico. Conclusão: o acompanhamento longitudinal é essencial para evitar complicações da hiperglicemia crônica. No entanto, o estudo evidencia que o cuidado clínico das pessoas com DM na APS do município está aquém das diretrizes nacionais, com índices de acompanhamento decrescentes nos cenários intra e pós-pandemia.


