Análise do estoque domiciliar de medicamentos de usuários da Estratégia Saúde da Família, em Rondonópolis - MT, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2023.v26.41307Palavras-chave:
Armazenamento de Medicamentos, Saúde da Família, Automedicação, Visita Domiciliar, Indicações TerapêuticasResumo
É comum o armazenamento de medicamentos pelas famílias brasileiras, seja por uso contínuo, por sobras de um tratamento, pelo abandono ou para a automedicação. Dessa maneira o presente estudo objetiva analisar o estoque domiciliar de medicamentos da população adstrita na Estratégia Saúde da Família (ESF) de Rondonópolis-MT de fevereiro a junho de 2022, visando analisar as condições de armazenamento, realizar o levantamento de todos os fármacos dos domicílios em suas diferentes formas farmacêuticas e identificar o perfil de uso dos medicamentos conforme suas indicações terapêuticas. Trata-se de um estudo transversal, de caráter exploratório, e de base descritiva. Foi aplicado um questionário por domicílio durante visita domiciliar. Sobre a amostra estudada, 83,9% (n=281) dos entrevistados era do sexo feminino, faixa etária com predomínio de pessoas acima de 40 anos, com um nível de escolaridade baixo e renda familiar mais baixa. Dos participantes da pesquisa, 97,6% possuíam farmácia caseira. Esses medicamentos eram armazenados principalmente na cozinha, no quarto e na sala. As classes terapêuticas mais numerosas foram: analgésicos (14,2%), AINEs (8,9%) e anti-hipertensivos (7,7%). A quantidade de medicamentos armazenados foi significativamente maior entre praticantes de automedicação e participantes sem conhecimento adequado sobre o uso dos medicamentos, revelando a necessidade do farmacêutico como promotor de ações de educação em saúde sobre uso racional de medicamentos.