Dificuldades enfrentadas por estudantes no acompanhamento de uma idosa com Alzheimer

Autores

  • Sofia Visioli Melo Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) https://orcid.org/0000-0002-3443-9949
  • Raquel Schmitz Jacovas Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)
  • Luiza Gabriela Costa Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) https://orcid.org/0000-0002-7769-304X
  • Cynthia Goulart Molina-Bastos Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA)

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Doença de Alzheimer, Medicina de Família e Comunidade, Geriatria

Resumo

A doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa progressiva e incurável. Ela se desenvolve de forma lenta e não afeta apenas a memória, mas também outras funções cognitivas, como a linguagem e o raciocínio. Seu fator etiológico é ainda desconhecido, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características da DA, e sabe-se também que há diminuição no número de neurônios e de suas sinapses, além da progressiva diminuição do volume cerebral. Objetivou-se mostrar as dificuldades dos estudantes de Medicina frente ao Alzheimer. Trata-se de relato de experiência do acompanhamento domiciliar a uma paciente com 67 anos, diagnosticada com Alzheimer. Foram realizadas quatro visitas domiciliares à L.O., vinculada a uma UBS do município de Canoas. Possui diagnóstico de estágio inicial de Alzheimer há cerca de 5 anos, mas, além dessa doença, possui outros problemas de saúde. A paciente procurou auxílio médico quando percebeu que não lembrava mais como escrever, mas apenas depois de consultar com um médico em Porto Alegre que foi feito seu diagnóstico. Nas duas primeiras visitas, não conseguimos identificar tal efemeridade, pois além de estar em estágio inicial e não ter tantos lapsos de memória, seu marido estava presente e respondeu diversas perguntas por ela. Porém, na terceira, ela estava sozinha e conseguimos perceber alguns indícios de DA, além de termos feito perguntas específicas sobre o cotidiano dela e seu declínio cognitivo. Também realizamos um teste motor, pois L.O. sofreu cerca de 5 quedas naquele ano, e outro de cognição chamado Mini Exame do Estado Mental, no qual a pontuação foi 18, o que demonstra a deficiência cognitiva. Conclui-se que a experiência de observar os sintomas, utilizar dos mecanismos de testes psicomotores e consultar a literatura são fatores primordiais para que o acadêmico de Medicina entenda as diversas formas com que o Alzheimer se porta.

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Biografia do Autor

Sofia Visioli Melo, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Graduanda em medicina.

Raquel Schmitz Jacovas, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Graduanda em medicina.

Luiza Gabriela Costa, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Graduanda em medicina.

Cynthia Goulart Molina-Bastos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA)

Mestra em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Médica de Família do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

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Publicado

2021-06-01

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