EQUIDADE DO ACESSO A ATENÇÃO À SAÚDE DE FAMÍLIAS VULNERÁVEIS CADASTRADAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Resumo

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) orientada pelos princípios organizacionais e doutrinários do SUS, rege a prática de atenção à saúde através da equidade, acessibilidade a todas as famílias, por encontrar nesta o espaço de atenção nos âmbitos biopsicossocial, cultural e econômico, que contribua para o crescimento saudável deste grupo. Objetiva-se com este estudo analisar como se dá a equidade do acesso a atenção à saúde das famílias vulneráveis identificadas na estratificação do diagnóstico situacional realizado na disciplina de saúde da família da Residência Multiprofissional de Atenção à Saúde da UFPE/CAV no ano de 2012. Trata de um estudo descritivo observacional com análise quantitativa dos atendimentos e da entrevista semiestruturada da população atendida na Unidade de Saúde da Família Severino Nogueira Alves (ESF Cajueiro). A população do estudo compreende 628 famílias estratificadas segundo a Escala de Coelho e Savassi, da seguinte forma: sem risco, risco leve/R1, moderado/R2 e máximo/R3 da população cadastrada na ESF, cujo desenvolveu-se com 543 famílias que foram atendidas no ano de 2012 pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família e posteriormente dessas 543 famílias foram entrevistadas 50 famílias que tiveram menor número de atendimentos de uma forma geral. Foi utilizada como fonte de dados os instrumentos: Relatório Diário de Atendimento/Ambulatório do ano de 2012 e o questionário semiestruturado realizada junto a estas famílias por entrevista domiciliar. Os resultados subsidiaram os aspectos socioeconômicos das famílias, a distribuição dos atendimentos de forma geral e segundo o risco familiar e profissional de saúde, Aspectos relacionados à concepção de saúde, acesso, organização, qualidade e estrutura do serviço segundo risco familiar e os Aspectos relacionados à qualidade e efetividade da assistência à saúde recebida na USF. Conclui-se que o estudo aponta a necessidade de inserir efetivamente a equidade do acesso às famílias segundo a análise do risco de vulnerabilidade do indivíduo, da família e da comunidade; para assim obter uma maior resolutividade e prevenção ao adoecimento, para que se possa desenvolver um cuidado integral, contribuindo para um real avanço na reorientação do processo de trabalho na atenção básica, atuando com senso crítico, mediante uma prática competente e resolutiva, envolvendo ações de promoção, prevenção e reabilitação dos indivíduos envolvidos no seu processo de cuidar.

Palavras Chave: equidade; acesso aos serviços de saúde; famílias; comunidades vulneráveis; estratégia de saúde da família.