Utilização de ferramentas de teleodontologia na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia de covid-19
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2025.v28.44560Palabras clave:
Teleodontologia, Atenção Primária à Saúde, Gestor de Saúde, Inquéritos e QuestionáriosResumen
Este estudo transversal investigou a adoção de ferramentas de teleodontologia na Atenção Primária à Saúde (APS) durante a pandemia de covid-19, bem como as variáveis associadas. Os dados foram coletados por meio de um questionário on-line, semiestruturado, enviado aos gestores municipais de saúde bucal no Brasil e analisados por testes de associação e regressão logística múltipla, com um nível de significância de 5%. A idade média dos participantes foi de 40 anos, sendo a maioria do sexo feminino (69,85%), com Pós-Graduação (68,92%) e exercendo exclusivamente atividades de gestão (63,48%). Cerca de metade dos participantes ocupava um cargo institucionalizado (50,33%) e 18,73% haviam recebido capacitação para o cargo. A prática de teleodontologia mostrou-se inexistente em quase metade dos municípios (43,03%). Os municípios das regiões Norte (OR=0,338) ou Sul (OR=0,405) apresentaram uma probabilidade significativamente menor de ter teleodontologia; os que realizavam atividades de planejamento em saúde bucal (OR=2,651), ou cujos gestores haviam recebido capacitação prévia (OR=1,748), tiveram probabilidade significativamente maior de adotar teleodontologia. Concluímos que a prática de teleodontologia foi inexistente em quase metade dos municípios brasileiros e esteve associada à região geográfica, à capacitação prévia dos gestores e às atividades de planejamento das Equipes de Saúde Bucal.


