Percepções dos profissionais da atenção básica em saúde sobre a responsabilidade no cuidado integral às pessoas com transtornos mentais
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2024.v27.43961Palabras clave:
Atenção Primária à Saúde, Saúde Mental, Integralidade em Saúde, Equipe Multiprofissional, Saúde da FamíliaResumen
A Reforma Psiquiátrica Brasileira possibilitou a reinserção das pessoas com transtornos mentais na sociedade. Isso acarretou a necessidade de implementar outras formas de olhar e acompanhar essa população, instigando a construção do cuidado em liberdade. Assim, objetivou-se identificar as percepções dos profissionais da atenção básica em saúde sobre a responsabilidade no cuidado integral à pessoa com transtorno mental e/ou sofrimento mental. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, realizado com sete profisionais de uma equipe de Saúde da Família, na região metropolitana de Porto Alegre, Sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais e analisados conforme análise de conteúdo. Evidenciou-se que existe o movimento de tomada de responsabilidade por parte dos profissionais entrevistados, a partir da construção de cuidado e acompanhamento em saúde mental. Influenciam esse movimento aspectos como: a escuta, a construção do vínculo, o estigma como modificador da percepção e os fluxos/encaminhamentos para outros serviços. A enfermagem demonstrou ter um papel fundamental na tomada de responsabilidade na atenção básica, em que o profissional enfermeiro é visto como referência na realização dos cuidados e capacitação da equipe.