A Educação Permanente em Saúde como estratégia de matriciamento em Saúde Mental
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2023.v26.40910Palabras clave:
Educação Permanente, Atenção Primária à Saúde, Saúde MentalResumen
O artigo tem por objetivo analisar e compreender, no cotidiano dos serviços de saúde, as práticas e ações desenvolvidas em um município do estado do Ceará, especialmente em relação ao Matriciamento. Compreende-se o Apoio Matricial como ferramenta de organização dos processos de trabalho, fluxos de atendimento e de integração com corresponsabilização dos cuidados entre os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e as Unidades Básicas de Saúde (UBS). Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa. Em campo, coletou-se dados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 12 (doze) profissionais de saúde, da UBS e do Caps. Considerou-se a análise de discurso para fins de investigação e sistematização dos dados e informações coletadas. Os resultados apontaram que os profissionais atribuem importância às práticas matriciais no cuidado em Saúde Mental (SM) na atenção básica, todavia relacionam a dificuldade de corresponsabilização entre os equipamentos de saúde à ausência de educação permanente, que, caso fosse efetiva, capacitaria as equipes para os cuidados em saúde mental também na atenção primária. A educação permanente em saúde, portanto, na visão dos profissionais, qualificaria a rede de atenção quanto ao fortalecimento do matriciamento no município, ampliando os cuidados à população e qualificando a abrangência da rede em SM.