Obesidade metabolicamente benigna: um resumo conceitual

Autores

  • Gilsandro Gomes de Andrade Lopes Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Gabriel Antônio Bezerra Costa e Souza Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Jordana Araújo da Silva Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Pedro Henrique Godoi Vieira Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Aldifran Ferreira da Silva Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Palavras-chave:

Obesidade Metabolicamente Benigna, Patologia, Doença

Resumo

A obesidade é fator de risco para diversas doenças, caracterizada pelo acúmulo exacerbado de tecido adiposo e classificada a partir do índice de massa corporal (IMC). É crescente sua prevalência na população brasileira nos últimos anos. Apesar de conhecida, a relação entre a obesidade e o agravo do estado de saúde é discutível, uma vez que há indivíduos com acúmulo de adiposidade sem alteração metabolicamente maligna. Essa condição é chamada de obesidade metabolicamente saudável. Devido a esses aspectos, é essencial a realização de estudos quanto a sua definição e fisiopatologia. Objetivou-se, aqui, definir e discutir a Obesidade Metabolicamente Benigna, a fim de promover uma abordagem clínica integral do paciente obeso. Trata-se de uma revisão de literatura com ênfase em definição e fisiopatologia da Obesidade Metabolicamente Benigna, baseada em artigos, em inglês, publicados nos últimos 5 anos no PUBMED e Medical Subject Headings. Descritores utilizados: obesity, benign, metabolically. Achados recentes identificam a existência de indivíduos metabolicamente mais saudáveis dentro da variabilidade fenotípica da obesidade (os MHO). Indivíduos MHO apresentam os índices cardiovasculares AIP (índice aterogênico plasmática), LAP (produto de acumulação lipídica) e CMI (complexo médio-intimal) e níveis de triglicerídeos menores que os demais obesos. Indivíduos MHO apresentam maior função pulmonar, enquanto que maiores percentuais de gordura se associam com menores taxas de densidade mineral óssea. Os dados epidemiológicos de pacientes MHO no Brasil ainda são escassos e mesmo estudos europeus apontam inconsistências quanto à prevalência desses indivíduos nas populações estudadas. Destaca-se que esse número diminui com a idade e é afetado por critérios específicos utilizados, como a pressão arterial e o nível sérico de lipídios – utilizados para definir um obeso saudável. A identificação dos pacientes MHO pode ser base de novas informações sobre fisiopatologia da obesidade em indivíduos acometidos, além de corroborar no desenvolvimento de intervenções adequadas quanto à evolução de estágios que acarretem alterações significativas à saúde dos pacientes.

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Publicado

2021-06-01

Edição

Seção

Resumos