Violência geriátrica: um grave problema de saúde pública negligenciado

Autores

  • Jamile Cássia Gonçalves Aniceto Ferreira Instituto Metropolitano de Ensino Superior (IMES) https://orcid.org/0000-0002-5607-2551
  • Letícia Godinho da Fonseca Carvalho Instituto Metropolitano de Ensino Superior (IMES)
  • Mateus Araújo Teixeira Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) https://orcid.org/0000-0002-4841-4654
  • Natália Simões Teixeira Instituto Metropolitano de Ensino Superior (IMES)
  • Pedro Paulo Brandão Lima Instituto Metropolitano de Ensino Superior (IMES)

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Violência, Idoso, Saúde, Negligência

Resumo

O processo fisiológico do envelhecimento torna os idosos vulneráveis à violência e ao abandono, comprometendo sua saúde física e mental. As principais formas de violência registradas são: negligência, violência psicológica, abuso financeiro, violência física, entre outras. Entretanto, a violência geriátrica é um problema de saúde pública pouco debatido e pesquisado. Objetivou-se promover reflexão acerca do tema, com a intenção de explicitar a necessidade da prevenção da violência geriátrica e de suas consequências, através do conhecimento das formas de agressão e das características das vítimas e agressores. Trata-se de revisão de literatura nas bases de dados Scielo, Google Acadêmico e DataSUS por meio das palavras-chave “violência contra idosos”, “abuso contra idoso” e “saúde do idoso”. No ano de 2019, o Disque Direitos Humanos recebeu 48.446 denúncias de violação contra o grupo de pessoas idosas. Em comparativo com o ano de 2018, houve acréscimo de 30% do número de denúncias. A negligência teve o maior número de queixas, seguida por violência psicológica, abuso financeiro e violência física. Dentre os agressores, os filhos(as), netos(as), genros e noras são apontados como os principais, sendo a residência da vítima o local mais prevalente da agressão, representando 81% dos casos. Quanto ao sexo, as vítimas do sexo feminino são maioria, sendo que, quanto ao suspeito da violência, a distribuição é equilibrada entre homens e mulheres. O grau de escolaridade da vítima evidencia pouca instrução, enquanto os suspeitos, em sua maioria, apresentam bom nível de instrução. Em conclusão, o papel da saúde pública, quando se discute violência geriátrica, além do manejo clínico desses pacientes, deve ser o de atuar ativamente no apoio às famílias e aos cuidadores. Desse modo, deve-se fazer com que estes compreendam as demandas dos indivíduos sob seus cuidados, gerando empatia e reduzindo a probabilidade dessas ocorrências.

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Biografia do Autor

Jamile Cássia Gonçalves Aniceto Ferreira, Instituto Metropolitano de Ensino Superior (IMES)

Graduanda em Medicina.

Letícia Godinho da Fonseca Carvalho, Instituto Metropolitano de Ensino Superior (IMES)

Graduada em Medicina.

Mateus Araújo Teixeira, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Graduando em Medicina.

Natália Simões Teixeira, Instituto Metropolitano de Ensino Superior (IMES)

Graduanda em Medicina.

Pedro Paulo Brandão Lima, Instituto Metropolitano de Ensino Superior (IMES)

Graduando em Medicina.

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Publicado

2021-06-01

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