Um panorama da esquistossomose na Bahia: a realidade de uma doença negligenciada

Autores/as

  • Beatriz Gomes dos Santos Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
  • Isabelle Oliveira Santos da Silva Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) https://orcid.org/0000-0002-5365-2470
  • Gabriel de Oliveira Silva Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
  • Brenda de Oliveira Silva Centro Universitário Faculdade Guanambi (UniFG) https://orcid.org/0000-0002-0550-5193
  • Liliane Santos Guedes Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Palabras clave:

Atenção Primária à Saúde, Esquistossomose, Doenças negligenciadas, Brasil

Resumen

Doenças Tropicais Negligenciadas são um grupo de patologias que explicitam os investimentos seletivos e as desigualdades sociais. Dentre as mais prevalentes no Brasil, tem-se a Esquistossomose, doença infecto-parasitária, com alta incidência na região Nordeste. Assim, objetiva-se analisar os dados da esquistossomose na Bahia, de 2010 a 2019, e avaliar a influência de fatores externos na prevalência dessa doença. Realizou-se uma revisão sistematizada dos trabalhos publicados, de 2010 a 2020, em português, no PubMed com o descritor “Schistosomiasis OR Schistosomiasis mansoni AND Brazil AND Neglected Diseases”. Critérios de seleção: título e/ou resumos pertinentes ao tema, metodologia e pontuação superior a 17 itens na “Declaração STROBE”. Dos 89 resultados, 5 artigos foram selecionados. Ademais, foram coletados dados no DATASUS, IBGE, SINAN, Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) e SIA/SUS. Verificou-se que a Bahia é o segundo Estado do Nordeste em casos de esquistossomose, 60,2% dos seus municípios são classificados como endêmicos ou focais, dos quais somente 44,51% possuem cobertura de saneamento básico. Analisando os locais endêmicos, o PCE demonstra que entre 2010 a 2019 ocorreram 45.581 casos, com um decréscimo a partir de 2014. Segundo o SINAN, ocorreram 5.137 casos de 2010 a 2017, em regiões não endêmicas, ratificando o artigo sobre a expansão da esquistossomose em áreas urbanas. Quanto aos gastos públicos, a morbidade hospitalar no SUS gerou um gasto médio de 330,88 reais por internação, totalizando, nesse período, 6.662,13 reais. A mortalidade por causa direta de Esquistossomose é de 8,26%, porém os artigos analisados destacam o problema da subnotificação de morte indireta por essa doença. Portanto, evidencia-se a urgência no combate à esquistossomose e a negligência relacionada com a gestão inadequada dos recursos públicos nesse aspecto. Outrossim, apesar da redução do número de casos, o valor absoluto é elevado, e a subnotificação constitui-se um fator limitante para esta pesquisa.

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Biografía del autor/a

Beatriz Gomes dos Santos, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Graduanda em medicina na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

Isabelle Oliveira Santos da Silva, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Graduanda em medicina na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

Gabriel de Oliveira Silva, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Graduando em medicina na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

Brenda de Oliveira Silva, Centro Universitário Faculdade Guanambi (UniFG)

Graduanda em medicina no Centro Universitário Faculdade Guanambi (UniFG).

Liliane Santos Guedes, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Graduanda em medicina na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

Publicado

2021-06-01

Número

Sección

Resumos