O impacto da violência contra a mulher em sua autoestima: um relato de experiência

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Palavras-chave:

Atenção primária à saúde

Resumo

A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua a qualidade de vida como a percepção que o indivíduo tem de sua condição de vida, dentro do próprio contexto de cultura e valores, considerando objetivos de vida, as expectativas e preocupações. Um trauma pode influenciar negativamente nesta percepção. Objetivou-se relacionar os impactos da violência contra a mulher com a autoestima. O estudo trata-se de relato de experiência, a partir de cinco visitas domiciliares a uma família no período de um mês. A prática foi tutorada por professores de áreas da saúde. Quanto ao relato, E.M.P, 59 anos, viúva, evangélica, aposentada por invalidez e diagnosticada com depressão. Relata não gostar de olhar seu reflexo no espelho. Quando tinha 5 anos, a mãe faleceu e o pai a abandonou em um lar, onde foi obrigada a realizar tarefas domésticas exaustivamente. Aos 11 anos, cogitou suicídio, desistindo ao receber visita do pai. Aos 17 anos casou-se e teve 3 filhos. O marido a violentava fisicamente. Separou-se quando a agressão atingiu também os filhos. Casou-se novamente, descreve o falecido marido como um excelente pai. Aos 40 anos, foi violentada sexualmente, deixando sequelas físicas, que a impedem de trabalhar, e psicológicas. Relata que o medo, a insônia e a reclusão são parte da sua rotina. Aos 50 anos, acolheu o pai, doente, em casa, até seu falecimento, 7 anos depois, acontecimento que a abalou emocionalmente. A OMS (2002) considera violência contra a mulher qualquer ato que cause ou tenha alta probabilidade de causar dano físico, sexual, mental ou sofrimento, incluindo as ameaças desses atos, a coerção ou a privação arbitrária da liberdade. A relação com a própria imagem, a autoestima e as relações afetivas também são afetadas negativamente, o que limita a qualidade de vida. A intervenção, no caso de E.M.P. é de acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

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Biografia do Autor

Pedro Anjo Nunes Neto, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Acadêmico de medicina.

Júlia Bittencourt Oliveira, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Acadêmica em Enfermagem.

Pablo Eduardo Dombrowski, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Acadêmico de medicina.

Edinês Carolina Pedro, Universidade Franciscana (UFN)

Acadêmica de Medicina.

Bruna Bilibio, Universidade Franciscana (UFN)

Acadêmica de medicina.

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Publicado

2021-06-01

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