Políticas públicas para a formação médica no SUS: concepções de profissionais e estudantes
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2021.v24.16532Palabras clave:
Educação Médica, Sistema Único de Saúde, Aenção Primária à Saúde, Política de Saúde, Integralidade em SaúdeResumen
Introdução: Políticas públicas nacionais são necessárias para consolidar a articulação entre o ensino e os serviços de saúde no processo de formação profissional. Nesse sentido, a participação ativa de estudantes de Medicina e médicos é essencial para mudar esse contexto. Objetivo: Compreender as representações sociais de estudantes de Medicina e médicos sobre as novas Políticas Públicas para a formação de médicos voltados às necessidades do SUS. Método: Pesquisa do tipo transversal com abordagem qualiquantitativa. A parte quantitativa contou com 124 professores médicos e 243 estudantes da primeira a sexta séries de Medicina. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de questionário e analisados pelo programa computacional SPSS v. 17. A qualitativa contou com 123 entrevistas em uma amostragem por sorteio. Os dados foram organizados pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: A maioria dos estudantes não almeja atuar na Atenção Primária e dos docentes se mostra contra o Programa Mais Médicos. A maior parte dos entrevistados se mostrou a favor de alterações na formação médica para o SUS e que no internato devem ser desenvolvidas atividades na Atenção Primária e em Urgência e Emergência. Conclusões: Entre as formas de desenvolver conteúdos e práticas essenciais à formação médica há a articulação efetiva entre instituição de ensino e rede de saúde. Entretanto, é fato que o exercício da prática médica na APS implica, potencialmente, o encontro com ambientes de grandes dificuldades sociais e com a vida cotidiana que se opõe a panoramas idealizados que muitos estudantes constituem para si e para o exercício de sua profissão.