Medicamentos potencialmente inapropriados em prescrições de idosos atendidos na Atenção Primária.
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2019.v22.16262Palabras clave:
Medicamentos, Atenção Básica à Saúde, Farmacoepidemiologia.Resumen
A utilização de medicamentos potencialmente inapropriados para o idoso vem se tornando um problema de saúde pública mundial, uma vez que os idosos estão mais expostos à medicalização. O presente estudo teve como objetivo determinar o perfil dos medicamentos prescritos para pacientes acima de 60 anos de uma unidade de atenção primária, buscando a ocorrência de Medicamentos Potencialmente Inapropriados (MPI), segundo critérios de Beers e fatores associados. O método consistiu em estudo observacional retrospectivo por meio da análise de prescrições. Os resultados indicaram uma população predominantemente feminina, nível de escolaridade baixo. Um número significativo de indivíduos apresentou-se exposto à utilização de ao menos um medicamento considerado inadequado para idosos, tendo ocorrido em 35,4% das prescrições analisadas. A polifarmácia se apresentou como principal fator relacionado, por aumentar a ocorrência de medicamentos inapropriados prescritos, assim como gênero e idade. Foi verificado que pacientes que consomem cinco ou mais medicamentos simultaneamente apresentam risco 5 vezes maior de utilizarem MPIs. A glibenclamida foi o MPI mais prescrito para os idosos (36,6%), seguido do clonazepam (22,7%) e do ácido acetilsalicílico (10,2%) das prescrições. Desta forma, é importante que a escolha dos medicamentos a serem prescritos pela equipe médica seja feita de forma sensata, e com parcimônia, para minimizar os possíveis problemas inerentes ao uso de medicamentos.