PERFIL DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DE DIABETES MELLITUS A PARTIR DE BASES DE DADOS NACIONAIS EM MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL
Palabras clave:
Sistemas de Informação, Hipertensão, Diabetes Mellitus, Planejamento em Saúde, Política de Saúde.Resumen
Este estudo busca realizar uma análise dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) e sua capacidade de serem utilizados na gestão dos sistemas de saúde, associando-os à cobertura assistencial sobre hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, em treze municípios de pequeno porte da metade sul do Rio Grande do Sul, no período de 2006 a 2007. Trata-se de um estudo epidemiológico e transversal. Foram utilizados dados secundários coletados no Sistema de Informação em Atenção Básica (SIAB) e no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (SIS-HIPERDIA). Os dados foram coletados em um único dia e as tabelas elaboradas conforme as variáveis contidas nas bases do SIS-HIPERDIA e do SIAB, no período e municípios estudados. O resultado encontrado foi um reduzido número de usuários inscritos no SIS-HIPERDIA em relação aos do SIAB. Evidenciou-se que a Estratégia de Saúde da Família vem promovendo o cadastramento e o acompanhamento dos doentes crônicos presentes nas suas áreas de abrangência. Os demais munícipes que desenvolveram essas doenças não são conhecidos ou acompanhados adequadamente pelo SIS-HIPERDIA ou o são em número reduzido. Observou-se que, no mesmo município, os dados são diferentes entre os dois sistemas de informação em saúde (SIS) pesquisados. Esta falta de diálogo entre os sistemas é resultado do não desenvolvimento de tecnologia que dê conta das necessidades de planejamento e gestão em saúde. Acredita-se que a construção de uma estrutura integrada dos SIS de interesse para a saúde seja um dos caminhos possíveis para a articulação das informações, possibilitando um planejamento em saúde compatível com as realidades locais.