Avaliação da Atenção Primária à Saúde pela população negra: facetas do racismo institucional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1809-8363.2023.v26.40317

Palavras-chave:

População Negra, Atenção Primária à Saúde, Sistema Único de Saúde, Avaliação de Serviços de Saúde

Resumo

Objetivou-se avaliar a qualidade dos serviços ofertados pela Atenção Primária à Saúde (APS) à população negra. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado nos serviços da APS de um município do oeste de Santa Catarina. Os participantes foram 88 usuários dos serviços que se autodeclararam negros. Para coleta de dados, aplicou-se um questionário de caracterização e o Instrumento de Avaliação da Atenção Primária, PCATool-Brasil, versão adulto reduzida, no período de junho a outubro de 2021. Os dados foram submetidos à análise descritiva e analítica. Os participantes avaliaram os atributos da APS aquém do ideal, com médias de 5,91 no Escore Geral, 6,04 no Escore Essencial e 5,01 no Escore Derivado. Apenas o Acesso de primeiro contato – utilização e Longitudinalidade e a variável Grau de Afiliação atingiram médias consideradas satisfatórias. Ter algum problema de saúde apresentou relação significativa nas melhores avaliações do escore geral (6,43; p=0,004) e essencial (6,57; p=0,006), apesar de insatisfatórias. Conclui-se a necessidade de melhoria dos serviços da APS para a população negra, especialmente na ruptura das barreiras de acesso e acolhimento integral, visando à diminuição das iniquidades étnico-raciais em saúde de forma a mitigar o racismo institucional.

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Biografia do Autor

Eduarda Bernadete Tochetto, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). CV: http://lattes.cnpq.br/8926626164338589

Clarissa Bohrer da Silva, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Graduada e mestra em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora Adjunta da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). CV: http://lattes.cnpq.br/6993006584287236

Letícia de Lima Trindade, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestra em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com pós-doutorado em Enfermagem pela Universidade do Porto (Portugal). Professora da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). CV: http://lattes.cnpq.br/4855649408920925

Francielli Girardi, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Graduada em Enfermagem e mestra em Ciências Ambientais pela pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ), e doutora em Saúde Coletiva pela Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS). Professora da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP). CV: http://lattes.cnpq.br/8528278395222858

Ana Paula Lopes da Rosa, Secretaria Municipal de Saúde Chapecó, SC

Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e mestra em Enfermagem na Atenção Primária à Saúde pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Servidora Pública Efetiva da Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó, SC. CV: http://lattes.cnpq.br/0575860645332121

Letícia Stake Santos, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). CV: http://lattes.cnpq.br/8848053036081206

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Publicado

2024-01-03

Edição

Seção

Artigos Originais