Atenção primária na saúde suplementar brasileira: estudo qualitativo em planos de saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34019/1809-8363.2021.v24.35047

Palavras-chave:

atenção primária à saúde, saúde suplementar, modelos de assistência à saúde, assistência centrada no paciente, características da população

Resumo

Objetivo - A atenção primária à saúde (APS) tem sido considerada como o pilar da organização do sistema de saúde, propiciando um cuidado de qualidade, integral e integrado, com racionalização da utilização dos recursos. Apesar das iniciativas indutoras da ANS, os programas ainda evidenciam baixo alcance, tanto para os beneficiários quanto para a rede assistencial, com impacto limitado nos resultados clínicos, operacionais e financeiros. O presente estudo visa analisar os fatores que podem ser potenciais barreiras para uma maior escala da APS na saúde suplementar brasileira.

Métodos - Trata-se de estudo qualitativo envolvendo amostra de gestores de operadoras de saúde selecionadas pelo Laboratório de Inovação sobre Experiências de Atenção Primária na Saúde Suplementar Brasileira. A análise dos dados coletados por meio de entrevistas seguiu três processos de codificação (axial, metodologia grounded, estruturação dos resultados).

Resultados - No total, 12 profissionais foram entrevistados, de diferentes tipos de operadoras de saúde. A análise qualitativa permitiu o agrupamento em grandes áreas, envolvendo as condições e os desafios de implantação, de ampliação da escala, de integração com os outros níveis de assistência e o engajamento dos usuários. Finalmente, foram identificados caminhos para que a APS tenha mais escala e atinja os resultados desejados.

Conclusão - Apesar de se reconhecer a APS como o elemento central na organização do sistema, integrado à rede assistencial, ela ainda não é amplamente adotada na saúde suplementar brasileira. Os gestores dos programas de APS que participaram desta pesquisa destacaram pontos fundamentais a serem abordados, nos diferentes níveis das organizações.

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Biografia do Autor

Alberto Jose Niituma Ogata, Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Mestre em Economia da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade de São Paulo (USP). Professor da Fundação Getulio Vargas (FGV). CV: http://lattes.cnpq.br/8306953317726569

Ana Maria Malik, Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP)

Doutora em Medicina Preventiva, mestra em Administração de Empresas e especialista em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saude. Professora da Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP) e coordenadora da linha de saúde do Mestrado Profissional em Gestão para a competitividade, da FGV. CV:  http://lattes.cnpq.br/9829102938377756

Gabriela Spanghero Lotta, Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP)

Doutora em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP). Professora de administração pública da Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP). CV: http://lattes.cnpq.br/7804764276633801

Adriano Massuda, Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP)

Doutor em Saúde Coletiva (área de concentração: política, planejamento e gestão em saúde). Professor da Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP). CV: http://lattes.cnpq.br/3406163679812525

Laura Maria Cesar Schiesari, Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP)

Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Professora daFundação Getulio Vargas (FGV-EASP). CV: http://lattes.cnpq.br/4204606946216103

Marcella Freitas , Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP)

Mestra em Administração de Empresas (linha de pesquisa: Gestão Ética, Sócio ambiental e de Saúde) Fundação Getulio Vargas (FGV-EASP). Professora da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). CV: http://lattes.cnpq.br/8053125532795212

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Publicado

2022-06-22

Edição

Seção

Artigos Originais

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