Abordando as alterações psiquiátricas do paciente em tempos de pandemia
Palavras-chave:
Distúrbios psiquiátricos, Saúde Mental, Pandemias, COVID-19Resumo
Em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China, surgiu uma variação do Sars-Cov1, o Sars-CoV2 causador da Covid-19. Devido sua alta transmissibilidade, os órgãos de saúde afirmaram que o isolamento social seria a melhor opção para evitar a propagação do vírus. Porém, após vários meses em isolamento, notou-se outro problema: a elevação significativa dos casos de ansiedade na população. Objetivou-se analisar os impactos da quarentena na saúde mental, investigar sua atuação na incidência de novos casos e, a partir disso, compreender como tratar, de maneira efetiva, pacientes com o transtorno de ansiedade. Realizou-se uma revisão bibliográfica de artigos publicados nos anos de 2018 a 2020, a fim de traçar um comparativo entre os achados. Devido à alta transmissibilidade do vírus, aliado à incerteza de como conter o avanço da doença e a duração da pandemia, é possível afirmar que a saúde mental da população está em xeque, haja vista que a mudança na rotina, as novas experiências, as relações familiares e o trabalho afetam diretamente o psicológico do paciente - fato que pode acarretar, dentre algumas outras patologias, a ansiedade. A partir disso, valoriza-se ainda mais uma abordagem médica apropriada a fim de construir uma melhor história clínica, visando sempre o tratamento mais adequado ao paciente. Em conclusão, a abordagem de pacientes ansiosos em tempos de pandemia é um conteúdo de alta relevância no contexto atual, pois, além da ansiedade, outros problemas, como o aumento do alcoolismo e da violência doméstica, também foram percebidos. Entretanto, ainda não existe uma quantidade relevante de pesquisas à disposição para estudo. Portanto, com o isolamento, muitas inseguranças foram trazidas à tona, e apenas com o passar dos anos entenderemos a real consequência da pandemia na saúde mental do povo.