Cuidado Paliativo nos idosos assistidos pela Atenção Primária à Saúde
Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Cuidados paliativos, Prevenção primária, Saúde do Idoso InstitucionalizadoResumo
Envelhecer é um processo dinâmico do ser humano, envolvendo fatores biopsicossociais. Devido a longevidade, há uma maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e incuráveis. Sendo assim, o cuidado paliativo (CP) é uma forma multidisciplinar de atenção integral a pacientes com doenças em fase avançada ou terminal, acometendo os idosos. Ademais, a Atenção Primária à Saúde (APS) possibilita o acesso longitudinal e integral a essa modalidade, a fim de melhorar experiências ao final da vida. Objetivou-se compreender as dificuldades dos CP na APS para os idosos. Trata-se de uma revisão de literatura de artigos publicados nos últimos 05 anos nas bases Medline, Lilacs, PubMed e Scielo, com os DECS: “Atenção Primária à Saúde”; “Saúde do Idoso Institucionalizado” e “Cuidados Paliativos”. A senescência é caracterizada pela queda do sistema funcional do indivíduo, como declínio dos sistemas imunológico, endócrino e neurológico. As DCNT, como a doença cardiovascular, diabetes, câncer e entre outras, são algumas das principais causas de mortalidade no Brasil, e a demanda de pessoas acometidas aumenta. Tais condições, em estágios avançados, exigem cuidados contínuos e progressivos, com amplo acesso aos CP. Porém, o paliar ainda está concentrado em centros de medicina especializada, dificultando o acesso e sendo restrito a uma pequena parcela da população. Entretanto, a APS está disponível à toda população brasileira, porém, faltam incentivos políticos para a inclusão desta. Notavelmente, a APS pode ofertar uma assistência ao CP, de forma não especializada, promovendo saúde, amenizando os sintomas e proporcionando um acompanhamento da equipe, família e paciente, efetivando o cuidado a quem enfrenta condições de saúde incuráveis. Por fim, constatou-se na APS um déficit na inserção do CP, sendo necessário uma reformulação na política pública para que haja uma melhor eficiência da técnica a quem necessita, possibilitando um melhor manejo dos pacientes em fase terminal.