Terapia comunitária integrativa na abordagem de transtornos mentais comuns na Atenção Primária à Saúde: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2020.v23.16768Palavras-chave:
Assistência à saúde, Redes comunitárias, Transtornos mentais, TerapêuticaResumo
A Atenção Primária à Saúde (APS) constitui a porta preferencial de acesso ao Sistema de Saúde, devendo atender com resolutividade a maior parcela dos problemas de saúde, incluindo os Transtornos Mentais Comuns (TMC). A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é uma ferramenta desenvolvida como um recurso para pessoas com sofrimentos de qualquer natureza, especialmente psicossociais, sendo reconhecida como tal e promovida no Sistema Único de Saúde para aplicação em cenários diversos, desde a APS até serviços de especialidades focais. O objetivo desta revisão sistemática da literatura foi buscar evidências que permitam avaliar a efetividade da TCI como forma de abordagem para pessoas com TMC comuns na APS. A busca realizada para estudos publicados nos últimos 10 anos com o termo “Terapia Comunitária” na Bireme e “Community Therapy” no PubMed identificou, juntamente com outras fontes,169 registros não duplicados. Após análise inicial dos títulos e resumos desses registros de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, foram analisados os textos completos de 14 estudos, nenhum dos quais avaliava a efetividade da TCI de forma longitudinal, comparando os resultados desta com quaisquer outras modalidades de intervenção. Assim, não há evidências na literatura atual que apontem para a efetividade da TCI na abordagem dos TMC na APS. Sugere-se a necessidade do desenvolvimento de pesquisas com metodologia adequada para responder essa questão e prover maior suporte teórico para a base empírica da TCI.