CONHECIMENTO, ATITUDES E PRÁTICAS EM LEISHMANIOSE VISCERAL: REFLEXÕES PARA UMA ATUAÇÃO SUSTENTÁVEL EM MUNICÍPIO ENDÊMICO

Autores

  • Miriam Nogueira Barbosa
  • Rose Ferraz Carmo Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais
  • Zélia Maria Profeta da Luz Centro de Pesquisas René Rachou - FIOCRUZ Minas

DOI:

https://doi.org/10.34019/1809-8363.2017.v20.16066

Palavras-chave:

Conhecimento, atitudes, práticas, leishmaniose visceral, prevenção

Resumo

A participação da população é fundamental para efetividade das medidas de prevenção e controle da leishmaniose visceral (LV), sobretudo aquelas relacionadas ao manejo ambiental. A partir do levantamento de conhecimentos, atitudes e práticas (CAP) de moradores residentes em município endêmico para LV, o estudo buscou identificar possíveis caminhos que contribuam para efetividade e sustentabilidade dessas medidas. Entre outubro de 2010 e dezembro de 2013, agentes comunitários de saúde visitaram domicílios localizados em regiões com e sem notificação de casos humanos de LV, observaram as condições ambientais e aplicaram um questionário semi-estruturado que abordava fontes de informação sobre a doença, aspectos epidemiológicos, além de atitude adotada. As respostas foram classificadas em “adequado” ou “inadequado” considerando a orientação do Ministério da Saúde. Nas duas regiões as principais fontes de informação sobre a LV citadas foram rádio e TV, apenas 6% dos entrevistados relataram os agentes de saúde. Foram identificadas fragilidades no conhecimento, especialmente, sobre sinais e sintomas da LV; uso de adubos orgânicos nas residências e presença de animais dentro dos domicílios. Os resultados apontaram que um possível caminho para superação das lacunas encontradas envolve a interação entre agentes de saúde e comunidade norteada por uma proposta pedagógica contextualizada e dialógica.

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Biografia do Autor

Zélia Maria Profeta da Luz, Centro de Pesquisas René Rachou - FIOCRUZ Minas

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1986), mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz (1998) e doutorado em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003). Desde 2008 vem atuando em avaliação de serviços e programas de saúde. É pesquisadora em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, atuando principalmente nos seguintes temas: prevenção e controle das leishmanioses, avaliação em saúde, saúde urbana. Atualmente é Diretora do Centro de Pesquisas René Rachou- Fiocruz Minas.

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Publicado

2018-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

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