A EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COMO BASE DA PRECEPTORIA NA FORMAÇÃO TÉCNICA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

Autores

  • Mariana Lima Nogueira Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV)- Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
  • Maria Gilda Alves de Oliveira Escola de Formação Técnica em Saúde Enfermeira Izabel dos Santos
  • Ana Paula Morel
  • Márcia Cavalcanti Raposo Lopes Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV)- Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)

Palavras-chave:

Educação popular em Saúde, Agente Comunitário de Saúde, Preceptoria, Formação Técnica

Resumo

No presente texto entendemos Educação Popular em Saúde (EPS) como perspectiva teórica e prática orientada para o trabalho social emancipatórios direcionada à promoção da autonomia das pessoas e à superação das desigualdades sociais. Imbuída da crítica ao autoritarismo da ciência e voltada para escuta e valorização do saber popular, compreendemos que a EPS é importante instrumento teórico-prático para construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Este texto tem como objetivo relatar a experiência do processo de construção da EPS como eixo transversal do curso técnico de agente comunitário de saúde (CTACS), a partir da preceptoria, experiência datada dos anos de 2013 e 2014. Foram utilizadas como fonte a experiência dos preceptores, docentes e coordenador de curso, registros nos diários de classe, documentos de planejamento das unidades curriculares, atas das reuniões de planejamento e dos conselhos de classe, termos de referência e parte da produção dos próprios alunos. Buscou-se identificar duas dimensões: o processo educativo dos alunos, considerando não só a apropriação dos saberes técnicos, mas fundamentalmente, à integralidade de sua formação; e os efeitos pedagógicos percebidos no desenrolar do CTACS. A convivência cotidiana e a confiança estabelecida entre preceptores e educandos do curso permitiram desenvolver uma série de discussões políticas que contribuíram para a politização dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em relação às questões do seu próprio trabalho, como também em relação às questões do contexto sócio-político mais geral, compreendendo a saúde como parte desse contexto. Nesse processo, vimos também como foi fundamental a discussão sobre o papel do ACS, incentivando sua atuação como educador popular, o que se deu não apenas através de discursos sobre educação popular, mas através de prática educativa do curso potencializada pelos preceptores. Acreditamos que isso resultou em um aumento da auto-estima dos agentes, permeado pela valorização de seu trabalho, o que passou pela compreensão da importância deste para o SUS.

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Biografia do Autor

Mariana Lima Nogueira, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV)- Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)

Doutoranda do Programa de Politicas Públicas e Formação Humana/UERJ, coordenadora do Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde/ Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio - EPSJV/Fiocruz, professora e pesquisadora/EPSJV/Fiocruz

Maria Gilda Alves de Oliveira, Escola de Formação Técnica em Saúde Enfermeira Izabel dos Santos

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva - ENSP/UERJ/UFF/UFRJ, preceptora do Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde/EPSJV/Fiocruz, Professora da Escola de Formação Técnica em Saúde Enfermeira Izabel dos Santos

Ana Paula Morel

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/UFRJ, preceptora do Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde/EPSJV/Fiocruz

Márcia Cavalcanti Raposo Lopes, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV)- Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)

Doutora em psicologia social/UERJ, integrante da equipe de coordenação do Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde/ Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio - EPSJV/Fiocruz, professora e pesquisadora/EPSJV/Fiocruz

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Publicado

2016-06-28

Edição

Seção

Artigos Originais