ESTUDO EXPLORATÓRIO DAS INFORMAÇÕES RECEBIDAS PELAS MÃES DE RECÉM-NASCIDOS EGRESSOS DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE JUIZ DE FORA

Autores

  • Luana Parreira Pires
  • Fabiane da Silva Branquinho
  • Jaqueline da Silva Frônio
  • Andréa Januário da Silva
  • Leandro Hermisdorff Bernardo
  • Analu Toledo Marinho

Palavras-chave:

UTI neonatal. Relações profissional-família. Saúde materno-infantil. Humanização da assistência. Comunicação.

Resumo

O objetivo do presente estudo foi verificar se as mães que tiveram seus filhos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) receberam orientações e informações durante o período de permanência e alta hospitalar de seus filhos, se entenderam e ficaram satisfeitas com as mesmas e, ainda, se as colocaram em prática. Foi realizado estudo prospectivo, analítico, transversal, de um grupo de mães de lactentes egressos das três UTIN que atendem usuários do SUS na cidade de Juiz de Fora/MG. Para a realização desta pesquisa, foi feita uma entrevista dirigida por meio de roteiro estruturado. Para a análise dos dados, foram realizadas estatísticas descritivas com valores de frequência absoluta (n) e percentual (%) em cada um dos aspectos investigados na entrevista, além de verificação das possíveis associações da idade e escolaridade maternas, da frequência de visitas à UTIN e do uso do Método Canguru com o entendimento do motivo da internação e das informações recebidas no período. Verificou-se também a possível associação entre o julgamento das mães sobre as orientações nos cuidados pós-alta e o seguimento destas. Para tal utilizou-se o teste de correlação de Spearman e considerou-se um nível de significância α=0.05. Cerca de 27% das mães relataram não entender ou entender parcialmente o motivo da internação do filho. A maioria (93,3%) recebeu informações sobre o que estava acontecendo com o filho durante a permanência na UTIN. Dessas, 78,6% entenderam as informações e 50% julgaram-nas suficientes. Em relação às orientações sobre os cuidados necessários com o filho após a alta, 77,7% das mães disseram que não receberam ou julgaram-nas insuficientes. Das mães que relataram ter recebido orientações, todas referem ter entendido. O acompanhamento após a alta foi, segundo elas, indicado para 76,7% dos casos, sendo a maioria para o pediatra e apenas 17,4% para serviço especializado de seguimento a lactente de risco (follow-up). Sessenta por cento das mães gostariam de ter recebido outras informações. Foi encontrada forte correlação entre o entendimento do motivo da internação e das informações recebidas com a participação no Método Canguru. E correlação moderada, com a escolaridade e idade materna. Concluiu-se que, em um momento conturbado e inesperado como o da internação do filho em UTIN, existem falhas na comunicação entre a equipe de profissionais da UTIN e as mães, o que sugere necessidade de maior atenção à passagem de informações e orientações às mães visando atender às especificidades de cada caso, de modo a promover melhora no cuidado à saúde materno-infantil.

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Publicado

2013-07-25

Edição

Seção

Artigos Originais

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