INSEGURANÇA ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA VILA FELIPE- PETRÓPOLIS- RJ

Autores

  • Leonardo Habib de Aragão Magrani
  • Maria Eliza Lopes Saldanha de Paula
  • Bárbara Beatriz Pimentel Coutinho
  • Débora Mayworm Guerra
  • Ruana Machado Tavares
  • Marta de Oliveira Silveira

Resumo

A insegurança alimentar é determinada, principalmente, pela pobreza e pelas desigualdades sociais, e suas repercussões podem ser observadas, principalmente, nos grupos mais vulneráveis. Com o objetivo de estimar a prevalência de insegurança alimentar entre famílias na população coberta pela USF Vila Felipe, e relacionar a segurança e/ou insegurança alimentar com o estado nutricional dos integrantes das famílias, foi realizado um estudo epidemiológico, transversal, de base populacional, que investigou residentes na área de cobertura da USF Vila Felipe. Foram selecionados 25% do total de 1100 famílias, que recebem benefícios de programas federal (Bolsa Família – BF), municipal (Cesta Cheia Família Feliz – CCFF), outros benefícios (aluguel social, ajuda de instituições religiosas, etc.) e de acordo com o risco social. A pesquisa foi realizada no período de agosto a dezembro de 2009 por alunos da FASE/FMP ligados ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde, acompanhados dos Agentes Comunitários de Saúde. Foi aplicado um questionário contendo quinze perguntas fechadas e vinte perguntas abertas. Os dados foram analisados no Programa Epi-info. Após avaliar o estado nutricional dos integrantes das famílias, relacionou-se a segurança e/ou insegurança alimentar com o estado nutricional, a partir dos pontos de corte preconizados pelo SISVAN 2008. Os resultados revelaram que 78,3% dos domicílios encontravam-se com algum grau de insegurança alimentar e, em situação de Segurança Alimentar (SA), 21,7%. Em relação aos adultos, nota-se que a grande maioria encontra-se eutrófica, em todas as situações de insegurança alimentar. Por outro lado, um número relevante de pessoas com sobrepeso e obesidade provavelmente por dieta inadequada, como já citada por Gubert (2003). Analisando as crianças e adolescentes, observou-se um número considerável de eutróficos. Vale lembrar que a maior parte delas frequenta creches comunitárias, onde são servidas 5 refeições diárias de segunda a sexta-feira. Já as que frequentam o Ensino Fundamental e Médio recebem pelo menos uma refeição no período de permanência na escola. Pesquisas como esta são importantes para o levantamento e análise de dados estatísticos, o que pode ajudar na definição de novas políticas públicas para o enfrentamento de problemas como a pobreza, a desnutrição e a fome.

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Publicado

2012-02-14

Edição

Seção

Artigos Originais