PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS ACERCA DAS PRÁTICAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE, VIVENCIADAS EM GRUPOS, EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores

  • Rafaela Cristina Costa FACULDADE SANTA MARCELINA
  • Carla Roberta Ferraz Rodrigues Faculdade Santa Marcelina

Palavras-chave:

promoção da saúde, saúde da família, educação em saúde, cuidados primários de saúde, participação comunitária.

Resumo

Este estudo de campo, do tipo exploratório, descritivo e com abordagem qualitativa teve como objetivo identificar a percepção dos usuários à cerca das práticas de promoção da saúde, vivenciadas em grupos, em uma unidade básica de saúde da família. O cenário da pesquisa foi uma unidade básica de saúde, localizada na zona Leste de São Paulo, onde tenha sido implantada a estratégia saúde da família. Foram convidadas a participar pessoas da comunidade que frequentam ou já frequentaram algum grupo da unidade. Os grupos de pintura, caminhada, idosos, canto, gestantes e hipertensão/diabetes dessa unidade têm enfoque na promoção da saúde. Foi escolhido um participante de cada grupo, por meio de sorteio, totalizando seis participantes a população do estudo. Foram respeitados todos os preceitos éticos em pesquisa. Utilizou-se a técnica da entrevista para coleta de dados, realizada no mês de junho de 2009. Os dados coletados foram trabalhados pela análise temática. Observou-se uma tendência e valorização das práticas individuais relacionadas ao atendimento clínico-individual. Todos apresentaram opiniões positivas com relação aos grupos. O grupo que ganhou destaque sobre conhecimento e participação foi o grupo da caminhada. Notou-se, de maneira geral, uma falta de interesse na participação nos grupos oferecidos pela unidade. Todos afirmaram que os grupos são bons, pois contribuem para o aprendizado e são oportunidades de lazer e entretenimento. Poucos usuários propuseram novas ideias para grupos. A escolha dos temas e as ações ocorrem ainda de maneira verticalizada, e os profissionais repassam o conteúdo, vindo com propostas prontas, não valorizando a participação da população na construção conjunta. Todos desconheciam o termo promoção da saúde e alguns correlacionaram qualidade de vida com alimentação saudável e outros com  trabalho e renda. A realização de grupos com enfoque na promoção da saúde e educação em saúde de maneira ampla não se constitui uma tarefa fácil, diante da gama de atividades que os profissionais de saúde da estratégia saúde da família têm que desenvolver. Assim, o cenário da pesquisa ilustra avanços na implementação das ações de promoção da saúde por meio dos grupos, mas ainda sofre com as interferências e o peso da cultura biologicista da formação dos profissionais, as necessidades e urgências da população, além do caráter assistencial das demandas e enfoques institucionais específicos.

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Biografia do Autor

Rafaela Cristina Costa, FACULDADE SANTA MARCELINA

Enfermeira especialista em saúde da família pela Faculdade Santa Marcelina (FASM) - modalidade residência - concluida em jul/2009

Atuando em ESF Zona Leste de São Paulo - Casa de Saúde Santa Marcelina

Carla Roberta Ferraz Rodrigues, Faculdade Santa Marcelina

Enfermeira Prof. Dra. Coordenadora da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Faculdade Santa Marcelina (FASM)

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Publicado

2010-10-17

Edição

Seção

Artigos Originais