TRATAMENTO DIRETAMENTE SUPERVISIONADO: ESTRATÉGIA PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE

Autores

  • Luisa Oliveira
  • Sonia Natal
  • Pedro Paulo Magalhães Chrispim

Palavras-chave:

DOTs, tuberculose, Controle da Tuberculose, efetividade

Resumo

Em 1991, a Organização Mundial de Saúde reconheceu que a persistência da tuberculose era resultado da má administração dos programas de controle, do descuido dos governos, da pobreza, do crescimento populacional e do incremento das migrações. Dessa forma, propôs um novo direcionamento para o controle da tuberculose através do Tratamento Diretamente Supervisionado (DOTs). O Ministério da Saúde brasileiro incorporou o DOTs ao Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) e fez dele uma das prioridades para o alcance das metas de cura, diminuição da taxa de abandono e prevenção do surgimento de bacilos-resistentes. Entretanto, os resultados da implementação do DOTs têm sido diversos entre países e entre regiões de um mesmo país, originando questionamentos sobre a efetividade da supervisão do tratamento. Estudos focados na forma de administração dos medicamentos apresentam resultados desfavoráveis ao DOTs e se contrapõem àqueles que descrevem as mudanças provocadas no controle da doença após a implantação da estratégia como um todo. O PNCT brasileiro, atualmente, tem como objetivo a expansão da cobertura DOTs e busca oferecer e realizar o teste anti-HIV para todos os pacientes maiores de 15 anos. Isso corrobora a persistente orientação da OMS pela adoção do DOTs, apesar dos divergentes resultados encontrados ao redor do planeta, e mostra a importância da participação conjunta dos diferentes atores governamentais e da sociedade civil na diversificação e ampliação do controle da tuberculose e o necessário alcance das metas propostas.

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Publicado

2010-05-17

Edição

Seção

Artigos de Revisão

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